Em busca de negociação com o governo policiais penais suspendem greve por 48 horas
Em busca de negociação com o governo policiais penais suspendem greve por 48 horas
|
04/01/2022 - 05:49
Redação
A trégua começa às 7 horas de hoje (4)
Em decisão tomada durante Assembleia Geral Extraordinária, realizada na tarde desta segunda-feira (3), os policiais penais, que entraram em greve há 19 dias, resolveram suspender a paralisação por dois dias (48 horas), a partir das 7 horas desta terça-feira (4).
Os agentes suspenderam os serviços não essenciais nos presídios há cerca de três semanas para protestar contra a defasagem na remuneração da categoria. Durante a trégua, os servidores pretendem ser recebidos pelo governador Mauro Mendes (DEM) para negociar um possível reajuste.
Segundo o presidente do Sindspen-MT, Amaury Neves, a decisão de flexibilizar a paralisação sinaliza que a categoria está disposta a negociar com o Poder Executivo. Por sua vez, o deputado estadual João Batista (Pros), que já presidiu o sindicato da categoria por cerca de 10 anos, acredita na possibilidade de acordo entre as partes.
“Estivemos semana passada com o secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, que reiterou que o governo não dialoga com grevistas. Agora, com a pausa na greve, é o momento do diálogo”, afirma.
Uma nova assembleia já foi marcada para próxima quarta-feira (5), as 16 horas.
Entenda o caso
Os policiais penais de Mato Grosso estão paralisados desde o dia 16 de dezembro. Atualmente, eles somam 2,8 mil servidores, lotados em 46 unidades prisionais do Estado. A categoria cobra pela valorização da policial penal, que segundo eles, tem o menor salário da Segurança Pública do Estado e um dos menores do país. Eles exigem a recomposição na remuneração dos últimos 10 anos e um plano gradativo de equiparação salarial junto às demais forças da segurança pública.
Nesses 19 dias de paralisação, o sindicato já teve decisões judiciais desfavoráveis sobre a greve, com direito à multa para os dirigentes e para os servidores que se recusaram a receber presos. No entanto, a categoria permaneceu irredutível e manteve a greve.