O prefeito José Carlos do Pátio, de Rondonópolis, decretou Luto Oficial no município por três dias, em homenagem póstuma pela morte do ex-presidente da Coder, Osmir Pontin, ocorrida ontem, em Cuiabá, em decorrência do agravamento de um câncer. Zé do Pátio, como é popularmente tratado o chefe do Executivo rondonopolitano, em contato com a reportagem do PU, lembra que Pontin dirigiu a empresa municipal em um período em que a Coder não possuia a estrutura técnica e o grande parque de maquinário que tem atualmente.  "Mesmo assim, Pontin e sua pequena equipe de desdobravam para prestar o melhor serviço possível", recorda. "Lamentamos muito a sua morte e, em meu nome pessoal, de meus  familiares e do Município, externo meus mais sinceros votos de pêsames à família enlutada de Osmir Pontin. Que Deus os conforte!", finaliza o gestor. Redação Capitão Osmir Pontin, pioneiro da luta democrática em Rondonópolis tomba vítima de um câncer agressivo; deputado Wilson Santos encaminha Moção de Pesar Vítima de um câncer agressivo, que reapareceu em seu organismo de repente, após vários anos que a doença foi detectada e começou a ser tratada, faleceu Osmir Pontin, aos 74 anos, ontem (4), em Cuiabá. Seu corpo será sepultado nesta quarta-feira (5) na cidade onde nasceu: Montemor, em São Paulo. Ele deixa viúva dona Dione e um casal de filhos. Coragem Ele era capitão do Exército da arma de Artilharia, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, e deixou a carreira militar que poderia ter o levado ao generalato, para assumir, nos idos de 1.983, o cargo de presidente da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), na gestão do então prefeito Carlos Bezerra (MDB), que se elegera prefeito de Rondonópolis, no pleito memorável de l.982 – que representou a tomada do poder naquele município pelas forças democráticas e populares. A atitude de Pontin, naquela época, tempos considerados de "chumbo",  quando o país estava saindo de um regime autoritário, tendo ele optado por abandonar uma carreira com a segurança de emprego estável e ascensão profissional para enveredar pelos meandros instáveis da política, foi corajosa e, nos limites de sua esfera de atuação, representou um “tijolo” a mais na construção do Brasil democrático de hoje. Depois em 87, ele assumiu a secretaria de Transportes, quando Carlos Bezerra foi eleito governador de Mato Grosso. Tempos depois, Osmir Pontin também foi responsável pela agência de habitação na prefeitura de Cuiabá, na gestão Wilson Santos. Moção de Pesar O deputado estadual Wilson Santos informa que vai apresentar ainda nesta quarta-feira, na Assembleia Legislativa, Moção de Pesar, endereçada à família de Osmir Pontin, pelo falecimento. Santos, em declaração ao PU, por telefone, disse que Osmir deu uma importante contribuição à Cuiabá, quando ocupou a gestão do setor habitacional da prefeitura à época em que Wilson era prefeito da Capital. “Era um homem leal, disciplinado, metódico e organizado”, lembra.