RedaçãoA falta de definição do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (Dem), que se recusa a marcar mesmo uma data para dizer se será, ou não, candidato ao Governo do Estado para enfrentar o seu antigo aliado, Pedro Taques (PSDB), que deverá disputar a reeleição, só não está “engessando” as forças oposicionistas porque a maioria de seus líderes, nas equações políticas e conjecturas que fazem com vistas ao próximo pleito, já estão dando como certo o fato que Mendes não será candidato a nenhum cargo eletivo, pelo menos neste ano.“Ele tem consciência de seu potencial eleitoral e até desejaria ser candidato e só não vai encarar o desafio em função de que está focado na recuperação de suas empresas que estão em sérias dificuldades financeiras e dependem do empenho dele para tirá-las da situação de crise”, opina um empresário, que disse à reportagem do Página Única ser amigo do ex-prefeito, e acompanha seus passos desde muito tempo. “Nas atuais circunstâncias empresariais adversas, ele busca se preservar”, acredita.“Como em tudo na vida, a ‘fila anda’... os grupos que se colocam na oposição a Taques, por certo já devem estar  trabalhando outros nomes e alternativas”, alega o empresário.No entanto, por se tratar de um observador do cenário político e eleitoral mato-grossense, a fonte não acredita que Pedro Taques leva no primeiro turno.Embora seja um candidato que não está “morto eleitoralmente”, na opinião do empresário, Taques enfrenta desgastes e vem acumulando um grupo crescente de adversários que eram seus aliados  e hoje se unem para derrotá-lo, analisa, para concluir: “essa conjugação política vai desembocar em um segundo turno”, prevê.“Pode escrever aí, a disputa será definida no segundo turno e um dos nomes que estará nesse páreo é o de Taques”, afirma. E complementa: “seu concorrente está entre o senador Wellington Fagundes (PR), que já anunciou a sua disposição de disputar o Governo do Estado, ou Dilceu Rossato (PSL), ex-prefeito de Sorriso, que já está em campanha e pode ter sua candidatura no Estado alavancada pelo ‘fenômeno’ Bolsonaro”. Rossato saiu candidato a governador e terá como companheira de chapa a juíza aposentada Selma Rosane de Arruda, pré-candidata ao Senado. A dupla é a principal base do palnaque de apoio a Jair Bolsonaro em Mato Grosso, candidato a presidente da República e que vem crescendo nas intenções de votos em todo o país, principalmente no Estado que tem um eleitorado com viés fortemente conservador.Para fortalecer a descrença de seus parceiros e aliados quanto ao fato de vir a ser candidato a governador, contra Mauro Mendes também pesa o precedente que, na última eleição para a prefeitura de Cuiabá, quando tinha uma reeleição tranquila e seus apoiadores o aguardavam para um evento onde seria anunciada oficialmente a decisão de sua candidatura, ele desistiu de ser já nas vésperas do pleito.“O anúncio de que ele não iria à reeleição para prefeito foi um ‘balde de água gelada’ no imenso grupo que estava alinhado com ele e até hoje, muitas dessas pessoas ficam com o ‘pé atrás’, temerosas que a história possa se repetir”, explica o empresário que pediu para não ter seu nome revelado, para não criar constrangimento ou gerar embaraços para seus negócios.