Atropelamentos frequentes de onças-pintadas em rodovia que corta o Pantanal exige medidas para proteger o maior felino do Brasil

Atropelamentos frequentes de onças-pintadas em rodovia que corta o Pantanal exige medidas para proteger o maior felino do Brasil
Redação   A onça-pintada, considerado o maior felino do Brasil e da América do Sul, sofre constantes ameaças à sua sobrevivência em um dos seus principais habitats, a região do Pantanal. Quando não são vítimas de incêndios ou alvo de caçadas, esse belo animal morre por atropelamento nas estradas que cruzam a planicie pantaneira. Neste caso, as maiores ocorrências dessas mortes acontecem na estrada que demanda a Corumbá, no vizinho MS.    Com a 13ª onça-pintada encontrada morta na BR-262, entre Miranda e Corumbá, nesta sexta-feira (28), o IPH (Instituto Homem Pantaneiro) fez um apelo para que medidas sejam tomadas para evitar o atropelamento de novos felinos, que são um símbolo em Mato Grosso do Sul.   Segundo o instituto, de 2016 até esta sexta, 13 animais foram encontrados pelo IHP ou PMA (Polícia Militar Ambiental) atropelados. Sem contar, outras da mesma espécie que não foram encontradas feridas ou mortas porque foram retiradas da estrada ou dos acostamentos, antes de serem localizadas pelas autoridades. O instituto alerta, há anos, sobre a necessidade de medidas para evitar o atropelamento de animais silvestres na BR-262.   A redução do nível do Rio Paraguai impactou no aumento do fluxo da rodovia, porém, segundo a organização, não foram adotadas medidas de mitigação para reduzir os atropelamentos.   Nota divulgada diz que apesar de inúmeras conversas sobre o tema nos últimos anos, nada foi feito. “Lamentavelmente, estamos assistindo todos os dias a morte de animais silvestres e, certamente, em muitos lugares, já não é possível avistá-los”, afirma o presidente do IHP, coronel Ângelo Rabelo.   O corpo da onça-pintada foi recolhido pelo IHP, levado a Corumbá e entregue à PMA. A Polícia encaminhou à Fundação de Meio Ambiente, onde foi feita a coleta de materiais da onça por médicos-veterinários do IHP e da própria fundação. Os materiais serão encaminhados ao Cenap/ICMBio (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos) para análise genética e epidemiológica.