Pirâmide com sede no MS e que lesou milhares de pessoas, inclusive em MT, tem contas bloqueadas

Redação   Disfarçada de “mineradora” de moeda virtual (bitcoins), um grupo de espertalhões baseados em Mato Grosso do Sul montou uma empresa no estilo pirâmide financeira com objetivo de lesar pessoas incautas e que acreditam em riqueza fácil e rápida, assim na base do vap-vupt, e aportam suas ecpnomias em esquemas - a maioria, golpes grosseiros - que funcionam à margem dos mercados tradicionais de investimentos.A clientela desses esquemas se destaca pela falta de conhecimento mínimo sobre como funciona o mercado acionário estabelecido em bolsas de valores e outros mercados financeiros reconhecidos e com garantias. E onde, assim mesmo, investidores correm riscos de perdas.Sabe-se que a pirâmide, que atende pelo pomposo nome de “Minerworld”, através de farta propaganda e de agentes de captação de seus planos mirabolantes, se espalhou além de Mato Grosso do Sul. Há relatos de pessoas residentes em outros Estados da região, inclusive em Mato Grosso, que caíram nesse golpe.E, pelo jeito, não será o último, pois por estas bandas mato-grossenses, outros esquemas semelhantes (lembram-se da Telex-free?) fizeram vítimas em Cuiabá, Várzea Grande e outras cidades deste Estado.Com relação a tal Minerworld, a mídia de Mato Grosso do Sul, há tempos vem relatando que a empresa estaria prestes a quebrar, como ocorreu antes com tantas outras iguais.Agora, chega a informação que um juiz daquele Estado bloqueou bens e dinheiro da referida empresa no valor de RS 300 milhões, mas encontrou nas contas correntes do grupo cerca de 1% do montante bloqueado.Conta principal da empresa não tinha saldo bancário  Valortes encontrados é incompatível com a vida que os diretores do grupo ostentavam (Reprodução)   A decisão do juiz David de Oliveira Gomes Filho, titular da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, que negou o pedido de segredo de justiça na Ação Civil Pública contra a empresa Minerworld, também revelou o montante efetivamente bloqueado das empresas e pessoas físicas investigadas.Do limite de R$ 300 milhões que constam na ação, apenas R$ 1,43 milhão foi localizado em contas bancárias. A quantia já foi transferida para uma conta do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).De acordo com a decisão judicial, a ordem de bloqueio de dinheiro, que ocorreu via Bacenjud, sequestrou R$ 10.432,26 de Patrícia da Silva Beraldo, R$ 10,32 de Edenil Neiva das Garças, R$ 121,09 de Jeová das Graças Silva e R$ 53.250,21 de Jonhnes de Carvalho Nunes. Os demais, dentre eles, Cícero Saad, não tinham saldo nas contas bancárias.Já em relação às empresas envolvidas, foram bloqueados R$ 5.073,21 e R$ 413,19 de duas contas da empresa H.G. Gestão Empresarial Ltda.; e R$ 1.369.330,71, da Bit Ofertas Informática Ltda. As contas bancárias da Minerworld SA também não apresentaram saldo.A decisão judicial também determina que continue a consulta da indisponibilidadede imóveis via Cadastro Nacional de Indisponibilidade de Bens, que bloqueará transações comerciais que envolvam imóveis dos réus na ação.