MAIS DE 2 BI EM CHEQUES SEM FUNDO: “Ouro de Ofir” pode entrar para a história como o maior golpe já praticado em MS e com vítimas em MT e Goiás

MAIS DE 2 BI EM CHEQUES SEM FUNDO: “Ouro de Ofir” pode entrar para a história como o maior golpe já praticado  em MS e com vítimas em MT e Goiás ofir
Redação    Mesclando uma história mirabolante sobre suposta mina de ouro que seria resgatada e daria como retorno lucros fantásticos aos aplicadores nesse “conto”, vigaristas lesaram, a partir de Campo Grande (MS), principal núcleo do esquema, milhares de pessoas incautas e estenderam sua atuação a vítimas que se espalham, segundo investigações, por Mato Grosso e Goiás.   Estima-se que 25 mil pessoas foram lesadas, a grande maioria delas de Mato Grosso do Sul.Os espertalhões, no início do golpe, se intitulavam “pastores” de igrejas evangélicas  - um disfarce para passar a falsa imagem de que eram pessoas “sérias”.Somente um desses estelionários do esquema  passou mais de R$ 2 bilhões de cheques sem fundo dados como caução e garantia para pessoas que investiam suas economias no “Ouro de Ofir”.   Trata-se de Sandro Aurélio Fonseca, que foi preso em Brasília no dia 18 de abril, e teve seu pedido de liberdade negado pela Justiça do MS.De acordo com a PF (Polícia Federal), ele se apresentava como sobrinho do ex-presidente José Sarney e emitiu cheques sem fundos com valor de R$ 2 bilhões. A investigação o classifica como braço direito de Sidinei dos Anjos Peró, considerado chefão da quadrilha, que foi preso em novembro, na primeira etapa da operação.Conforme a polícia, Sandro prosseguia com a rotina de reuniões e os valores seriam para simular pagamento dos aportes. Em março, foram sete cheques no valor de R$ 963 milhões. No mesmo mês, mais cinco cheques de R$ 1.229.000.000,00.A prisão foi decretada pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande. No pedido de habeas corpus ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a defesa de Sandro Aurélio alegou que ele estava preso há mais de 20 dias, que o inquérito não tinha sido encerrado, que não foi indiciado na Ouro de Ofir e sequer teve acesso ao processo.Ainda conforme o pedido de liberdade, os crimes relacionados à prisão (suspeita de estelionato e organização criminosa) não envolvem violência ou grave ameaça. Atuando em substituição legal na 3ª Câmara Criminal, o juiz Emeson Cafure não vislumbrou a ilegalidade na decisão que indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva e fixação das medidas cautelares diversas da prisão.“Nesse contexto, prudente que se aguarde as informações da autoridade apontada, a fim de propiciar uma cognição mais segura e mais aprofundada”, afirma o juiz, que ndeferiu a liminar no dia 8 de maio.Líderes – Em 21 de novembro do ano passado, a PF prendeu três pessoas apontadas como líderes de um golpe com 25 mil vítimas: Celso Eder Gonzaga de Araújo, Anderson Flores de Araújo e Sidinei dos Anjos Peró.A operação investiga organização criminosa que vende ilusão: a existência de uma suposta mina de ouro cujos valores, repatriados para o Brasil, são cedidos, vendidos ou até mesmo doados mediante pagamento.Para repatriação, 40% de uma altíssima soma de dinheiro ficaria com o governo federal, 40% doado como ajuda humanitária e 20% para a família Araújo.Em geral, o investimento inicial era de mil reais para um resgate financeiro futuro de R$ 1 milhão. Mas há quem tenha investido R$ 500 mil. Ouro de Ofir, nome da operação, é baseado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Mas nem ouro e nem cidade foram localiza