AGENDA: Lula fala em renegociar dívida da população e aumentar valor do salário mínimo; Bolsonaro destaca o que considera conquistas na economia

AGENDA: Lula fala em renegociar dívida da população e aumentar valor do salário mínimo; Bolsonaro destaca o que considera conquistas na economia
Redação O ex-presidente Lula calibra sua proposta de governo em um foco que hoje é uma das maiores preocupações da população: o elevado número de pessoas endividadas que não têm como pagar seus débitos. Quatro em cada dez brasileiros adultos (39,71%) estavam negativados em setembro de 2022, de acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O patamar equivale a 64,25 milhões de pessoas, um novo recorde para a série histórica iniciada há oito anos. Confira a agenda dos candidatos que disputam o segundo turno das eleições presidenciais: O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado (22) conversou com a imprensa em Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de comício em Guarulhos, na Grande São Paulo. Lula comentou sobre a situação das famílias endividadas e afirmou que, se eleito, vai “negociar as dívidas”, citando as mulheres que cuidam das famílias. “Hoje, temos 80% da sociedade endividada. Não é dívida simples, não. É dívida, às vezes, com o cartão de crédito para comprar comida em supermercado. É por isso que anunciamos que nós vamos negociar essa dívida que esse povo tem”, disse Lula. “As pessoas chegaram numa situação que não podem mais pagar. Muita gente deve a água, muita gente deve a luz. O estado e a prefeitura têm que compreender que tem que negociar, porque essa gente não pode ficar no Serasa porque não pode pagar a luz ou a água. A maioria das dívidas são feitas por mulheres que são, na verdade, as que tomam conta das famílias, muito mais do que os homens”, declarou. Logo após a entrevista, Lula iniciou uma carreata na região metropolitana de Belo Horizonte ao lado de aliados como a ex-presidenciável Simone Tebet (MDB) e a deputada federal Marina Silva (Rede-SP). Bolsonaro, por sua vez, participou de um evento em Guarulhos (SP) que contou com o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e citou o cenário econômico em seu mandato. O presidente reafirmou que, se reeleito, irá aumentar o salário mínimo para aposentados e servidores e confirmou a manutenção de Paulo Guedes como ministro da Economia. “Atendemos os mais pobres com o auxílio emergencial, à classe que emprega no Brasil, aos bares e restaurantes, conseguimos manter o emprego de todo mundo e o Brasil está sendo exemplo para o mundo na questão econômica”, declarou “O terceiro mês consecutivo de deflação. A gasolina, quem diria, lá embaixo, e o atendimento aos mais pobres, aos mais necessitados, com o Auxilio Brasil, bem diferente do Bolsa Família — um auxílio que realmente é algo [para] que aos mais pobres [possam] passar o mês”, disse. O presidente ainda participou de uma live com apoiadores, como o jogador Neymar; integrantes do governo, como o ministro Paulo Guedes; e aliados, como o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG).