GARANTIA DA ORDEM: Escolta do Exército lança bombas de efeito moral e dispara tiros de bala de borrachas em caminhoneiros que impediam a passagem de comboio com alimentos e combustível para Cuiabá

Redação   Bombas de efeito moral e balas de borracha foram usadas por militares do Exército  para dispersar os protestos dos caminhoneiros na BR-364 em Jaciara (144 Km ao Sul de Cuiabá), na tarde desta terça-feira (29). É o primeiro enfrentamento verficado entre militares que fazem escolta de caminhões com os grevistas no país.   Os militares davam cobertura e segurança a  caminhões transportando mercadorias , sendo um carregado com combustível, para a Capital.   O incidente ocorreu no momento em que dois caminhoneiros,  de joelhos na rodovia, tentavam impedirir a passagem do comboio. Fato que levou um militartentar, por vias pacíficas e através do diálogo, a liberação da passagem, quando começou uma discussão com os outros caminhoneiros que acompanhavam o bloqueio.   Diante da resistência, o militar joga uma bomba de efeito moral e os caminhoneiros dispersam. Na sequência, foram feitos disparos de balas de borracha e ouve muitos xingamentos poir parte dos grevistas. No entanto, apesar do percalço, o comboio conseguiu seguir viagem em direção à Capital.   Antes de chegar no trecho de Jaciara, o mesmo comboio enfrentou protesto dos caminhoneiros em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá). Na ocaisão, alguns caminhoneiros sentaram no asfalto para impedir a passagem do comboio. No entanto, algumas carretas conseguiram seguir viagem.   Em Mato Grosso, a greve dos caminhoneiros completa 9 dias e atinge 30 pontos de estradas estaduais e federais, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), mesmo após a União e Estado proporem medidas que atendem a reivindicações da categoria de redução do preço do combustível.   A greve já está em seu 9º dia e segue sem previsão de término. Em uma tentativa para dar fim à mobilização, o presidente Michel Temer (MDB) propôs a redução de R$ 0,46 no litro do diesel, que seria aplicada durante 60 dias, por meio da extinção das alíquotas do PIS-Cofins e da Cide sobre o diesel.   Além disso, propôs que os ajustes no preço do combustível sejam feitos a cada 30 dias, bem como a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios.   Já o Governo do Estado determinou o congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) dos combustíveis, que serve como base de cálculo do ICMS. Com isso, não haverá o reajuste de 17 centavos no preço do diesel, previsto para 1º de junho - e o combustível deve continuar a R$ 3,67 o litro, valor praticado antes da greve dos caminhoneiros.