“Não se pode esperar muita coisa”, diz Júlio sobre licença para derrubar paredão na MT-251

“Não se pode esperar muita coisa”, diz Júlio sobre licença para derrubar paredão na MT-251 Reprodução
O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou que não se pode esperar “muita coisa” sobre os órgãos que avaliam o pedido do Governo do Estado para fazer a derrubada do paredão do ‘Portão do Inferno’, visto como a solução definitiva para os problemas de deslizamento de terra na MT-251. Para Júlio, o “Chiquismo” - uma alusão aos apoiadores do sindicalista Chico Mendes - é forte dentro dos órgãos e deve dificultar o avanço do pedido. Estudo realizado há alguns anos por servidores do Governo de Mato Grosso, que indica que o 'retaludamento’ não é melhor opção, mas sim uma ponte. Campos foi questionado se esse estudo prévio pode levar o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a reprovar o pedido do Governo do Estado. “Tudo é possível. Do Ibama, ICMBio e Ministério do Meio Ambiente não se pode esperar grandes coisas. Ali, o Chiquismo é muito atuante”, falou Júlio. Entretanto, o deputado estadual lembrou que também há estudos que indicam a construção de um túnel ou viaduto. Ele citou que todas essas 'cartas' estão na mesa, além da derrubada do paredão. “Não acredito que o Ibama irá fazer corpo mole em não analisar esse projeto, porque tem outras opções. Existe o túnel, a opção da ponte estaiada em cima do Portão do Inferno... Se o Ibama vetar aquilo que ecologicamente irá ferir alguma sustentabilidade daquela região belíssima, tem a ponte que resolveria o problema”, afirmou. Apesar da burocracia enfrentada hoje pelo Governo do Estado para conseguir autorização dos órgãos, o Ibama já havia concedido à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) uma permissão para que obras fossem realizadas no ‘Portão do Inferno’, entre 2017 até 2023. O prazo foi expirado sem que nenhuma obra fosse realizada na região. O projeto de retaludamento apresentado pelo Governo do Estado já foi licitado. A obra deve ser tocada pela empresa Lotufo Engenharia e tem prazo de conclusão em 120 dias (cerca de 4 meses). A previsão inicial é de que a obra custe cerca de R$ 29,5 milhões. Apesar de o governo já ter realizado uma licitação emergencial, a obra ainda não pode começar. O governo aguarda a liberação das licenças necessárias pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e pelo governo federal.