Maysa "detona" Abílio por votar pela liberdade de mandante do assassinato de Marielle
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12/04/2024 - 13:02
Reprodução
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) criticou os deputados federais de Mato Grosso que votaram pela liberdade do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso pela Polícia Federal sob acusação de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Adriano Gomes. Em discurso na Câmara nesta quinta-feira, 11 de abril, ela afirmou que Cuiabá corre perigo caso Abílio Brunini, um dos deputados que votou favorável, seja eleito prefeito.
Da bancada mato-grossense, Abílio Brunini, Amália Barros, Coronel Fernanda e José Medeiros (todos do PL), além do Coronel Assis (União), votaram pela liberdade de Brazão.
"Simplesmente um absurdo Mato Grosso se posicionar pela soltura de um deputado envolvido com milícia, envolvido com um crime tão grave, um crime que fere a nós políticos. [...]. A vida de Marielle foi ceifada por interesses políticos e, hoje, o que a gente vê? Parte da bancada votou para soltar esse homem. Lugar de pessoa envolvida com milícias e com crime, com homicídio, não é no parlamento”, disparou a vereadora.
Maysa também criticou a narrativa usada pelos deputados de direita, que costumam dizer que "bandido bom é bandido morto". Segundo a vereadora, o voto dos deputados mato-grossenses mostra que a afirmação só vale “se o bandido não for amigo".
“É uma vergonha ter visto os deputados votarem dessa forma e tentando justificar. Não é de narrativa que o povo precisa. O povo precisa de políticas públicas. Você acha que esse discurso de bandido bom é bandido preso, esse tipo de coisa? Bandido bom é bandido morto, desde que não seja da minha turma, foi o recado que eles deram", criticou.
Maysa ainda afirmou que “Cuiabá está correndo perigo” nas eleições deste ano, pois um dos deputados que votou pela liberdade de Brazão é Abílio Brunini, pré-candidato a prefeito pelo PL. Segundo ela, o recado passado por Abílio com seu voto é de que “o feminicídio compensa”.
"O eleitor, em ano eleitoral, pode analisar isso? Eu já digo aqui no meu posicionamento, que tem sido esse há um bom tempo. Imagine se o deputado federal Abilio Brunini se torna o prefeito de Cuiabá, aqui estaremos expostos. Então, a gente precisa ver que há uma incongruência, excesso de narrativa e falta de política pública e coerência. Esse é o perigo que Cuiabá está correndo. A gente o elegeu para criar leis para nos defender. Como que é o recado que ele mandou para as mulheres? O recado é que o feminicídio compensa?", questionou ela.