Presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), o deputado Eduardo Botelho (União) disse nesta quarta-feira, 17 de abril, que irá analisar junto com a Procuradoria da Casa, a possibilidade de endurecer as penas para crimes ambientais no estado. A proposta surgiu após o pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, de 52 anos, ser investigado por desmatar uma enorme parte do Pantanal para plantar capim e fazer pasto para boi. Botelho disse ainda que concorda com a perda de terras de desmatadores de áreas protegidas. “Eu acho que o governador Mauro Mendes está corretíssimo em dizer que tem que ter o perdimento da área para pessoas que cometem crimes dessa natureza. É inadmissível o cara pegar veneno e jogar de avião em 80 mil hectares e ninguém viu isso, ninguém denunciou, só depois que já estava tudo morto”, disse. Botelho ressalta que, mesmo que a competência de criar leis criminais seja do Congresso Nacional, vai provocar a “discussão” no âmbito estadual. “Nós temos que agir mais duro e essas pessoas têm que ser penalizadas, perder as suas áreas. Uma pessoa dessa não tem direito à terra, não tem direito à propriedade nenhuma. Nós estamos tentando ver se tem alguma possibilidade de nós fazermos aqui no Estado alguma lei endurecendo penalidades contra essas pessoas. Eu vou trabalhar uma lei aqui e depois que se julgue, que se quiserem que entra na justiça contra a lei, pelo menos para nós provocarmos essa discussão. Eu vou começar essa lei aqui dentro da Assembleia”, finalizou. Crime A delegada Liliane Muratta, que está à frente deste caso, disse que todas as provas coletadas pela polícia "são bem sólidas". A promotora de Justiça Ana Luiza Peterlini informou que alguns dos crimes são bem nítidos, como o uso e aplicação indevida de agrotóxico; desmatamento de área de proteção ambiental e áreas de preservação permanente; crime de poluição em razão da destruição significativa da flora.