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Quadrilha que comandava tráfico na fronteira com o Paraguai tinha como chefão PM que esnobava com Ferrari e vida luxuosa
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25/06/2018 - 23:05
laços
Redação A Operação “Laços de Família” da Polícia Federal na fronteira com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul, desfechada na manhã desta segunda-feira (25) prendeu 15 pessoas e apreendeu diversas aeronaves, apartamentos, carros importados de luxo, embarcações (inclusive iates), entre outros bens valiosos.Além do MS, a operação se estende por amis quatro Estados. Entre os ptesos se encontra um policial militar apontado como chefe da quadrilha de narcotraficantes. O PM, que não teve o nome divulgado, seria dono de uma Ferrari que custa mais de R$ 500 mil e trabalhava em Eldorado, cidade de Mato Grosso, na região de fronteira com o Paraguai.A base da organização criminosa ficava em Mundo Novo (MS) onde foram presas 13 pessoas. As outras duas prisões aconteceram em Naviraí e em Eldorado.Entre os presos está uma mulher, que estava com tornozeleira eletrônica, que ajudava no financiamento e lavagem de dinheiro sujo do tráfico. Segundo a PF, a organização atuava de forma semelhante à máfia: os chefes da organização eram da mesma família. Para impor medo e respeito aos adversários, o grupo praticava torturas em crimes violentos.A quadrilha, que tinha estreita ligação com a facção PCC (Primeiro Comando da Capital), se esmerava na organização ao ponto de usar pelo menos 10 empresas de fachada para lavar o dinheiro do narcotráfico..Segundo o superintendente da PF no estado, Luciano Flores, essas empresas foram fechadas nos cinco estados alvos da operação. Eram empresas de transporte, garagem de carros e até uma assessoria de aviação.A rotatividade de veículos entre integrantes da quadrilha era grande. Segundo o delegado, a PF pediu o sequestro de 136 veículos usados pelo bando.Sete presos durante a operação no Estado serão levados para o Presídio Federal, um para o Presídio Militar e os outros alvos já cumpriam pena em estabelecimentos penais em Mato Grosso do Sul.LuxoA família de Mundo Novo, que teria o PM como chefe da quadrilha no Estado, ostentava uma vida de luxo incompatível com os salários. O militar tinha uma Ferrari avaliada em R$ 500 mil, além de outros carros de luxo, e fazia viagens para o exterior com toda a família.Apartamentos, casas, sítios e fazendas também faziam parte do patrimônio da família do narcotráfico. Na cidade todos tinham medo da quadrilha e um dos integrantes responde processo por homicídio.ApreensõesA PF estima que, antes da operação, já tinha provocado um prejuízo de R$ 61 milhões à família com apreensões de drogas, joias, dinheiro e bens móveis e imóveis. Foram apreendidos R$ 310 mil para pagamentos de drogas, R$ 80 mil em joias, cinco embarcações, sendo quatro iates.Desde 2016, quando as investigações começaram, foram apreendidas 27 toneladas de maconha, duas pistolas e duas camionetes.A PF ainda não contabilizou as apreensões feitas durante a deflagração da operação desta segunda-feira.A operaçãoCerca de 210 policiais federais cumpriram 20 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 35 de busca e apreensão, 136 de sequestro de veículos terrestres, 7 mandados de sequestros de aeronaves, 5 de embarcações de luxo e 25 de imóveis. Os estados em que são cumpridos os mandados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Rio Grande do Norte.Com informações do Midiamax