Senador Jose Medeiros tem mandato cassado pelo TRE ,após 8 anos de disputa judicial
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01/08/2018 - 05:04
Medeiros
*Redação
Uma disputa na justiça eleitoral que vinha se arrastando desde 2010, culminou com a cassação, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na noite desta segunda-feira (30), do pouco tempo que ainda resta do mandato do senador José Medeiros (Podemos). A decisão foi por unanimidade do pleno.
A contenda se originou pela denúncia de fraude na ata de registro dos suplentes na chapa encabeçada por Pedro Taques, na época filiado ao PDT e então candidato a senador.
O desfecho do caso, ocorre faltando apenas 6 meses para a posse dos novos senadores que serão eleitos em outubro deste ano.
Com a cassação de Medeiros que na época era o 2º suplente na chapa, mas após uma manobra, que agora comprovou-se tratar de uma fraude, passou a ser o 1º suplente, quem assume é o empresário Paulo Fiúza, autor da ação que resultou na cassação quase 8 anos depois.
O Senado será comunicado da decisão para que dê posse a Paulo Fiúza.
José Medeiros pretendia disputar a reeleição em busca de ficar mais 8 anos como senador.
Ele tomou posse no Senado em janeiro de 2015 quando o então senador Pedro Taques renunciou ao cargo para assumir o comando do Palácio Paiaguás, após sair vitorioso nas urnas nas eleições de 2014.
Durante o registro da chapa Mato Grosso Melhor Para Você, em julho de 2010, a ata original trazia Pedro Taques como cabeça de chapa, seguido pelo atual deputado estadual, Zeca Viana, como 1º suplente e o empresário Paulo Fiúza, como 2º suplente.
No entanto, em agosto daquele ano, Zeca Viana desistiu de ser suplente para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso de modo que Fiúza deveria ocupar seu lugar e Medeiros assumir a 2ª suplência. Mas não foi isso que ocorreu já que a ata foi fraudada deixando José Medeiros como 1º suplente.
No decorrer do processo, houve perícia por parte da Polícia Federal que comprovou fraude em assinaturas. O próprio José Medeiros disse em entrevista em abril deste ano que não assinou o documento.
*Com informações de Welington Sabino / Gazeta Digital