OPERAÇÃO NA AL: No radar do Gaeco estão suspeitas de “notas frias” para justificar despesas de parlamentares
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02/08/2018 - 10:37
ASSEMBLEIA
RedaçãoAs ordens de buscas e apreensões de documentos cumpridas na manhã desta qunta-feira (2) na Assemblea Lesgilativa pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO, com foco na gestão financeira da AL, objetivam levantar provas sobre suspeitas envolvendo a chamada VI – Verbas Indenizatórias – paga aos deputados estaduais a título de ressarcimento com manutenção de gabinetes.
As buscas foram determinadas pelo desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. São investigados parlamentares, empresários e servidores do legislativo. O valor da verba indenizatória, até 2014, era de R$ 35 mil e hoje é de R$ 65 mil. Anteriormente, o pagamento da VI era justificado por meio de notas fiscais que serviam de comprovante de aquisições e outros gastos feitos por parlamentares.A suspeita dos órgãos de fiscalização e controle é que possa existir desvios através de notas frias processadas e pagas, mas as despesas não teriam sido realzadas.
A simulaçãso de compra era realizada com a cumplicidade de empresários que emintiam as notas.Veja mais noticias:Servidores que chegavam à sede do orgão para trabalhar na manhã desta quinta-feira (2) se depararam com as viaturas e policiais que tomaram as dependências do Palacio Filinto Muller, mas não houve nenhum sobressalto por parte dos funcionários que já estão acostumados a presenciar essas investidas do MPE em cumprimento de mandados naquela Casa.O Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), composto por membros do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar estão neste momento dando cumprimento a mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça, por intermédio de decisão exarada pelo desembargador João Ferreira Filho.O cumprimento dos mandados de busca e apreensão e demais diligências investigativas são levadas a efeito no âmbito da denominada Operação “Déjá vu” e tem por finalidade a obtenção de provas para subsidiar investigações em curso e apuração dos crimes de associação criminosa, supressão de documentos e peculato, com envolvimento de servidores públicos, empresários e parlamentares estaduais."Déjà vu" é um galicismo que descreve a reação psicológica da transmissão de ideias de que já se esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo. Outro ladoO presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), disse que não sabe do que se trata a operação e irá se manifestar depois que conhecer o inteiro teor do caso.A atual mesa diretora da Assembleia Legislativa é composta por Eduardo Botelho (presidente), Gilmar Fabris (1º vice), Max Russi (2º Vice), Guilherme Maluf (1º secretário), Nininho (2º secretário), Baiano Filho (3º secretário) e Silvano Amaral (4º secretário).