"Comendador" João Arcanjo nega que tenha voltado ao crime
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03/08/2018 - 07:07
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Redação O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro negou ontem, diante do juiz Geraldo Fidelis, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, que tenha voltado a comandar o jogo do bicho. "Eu passei 15 anos da minha vida preso, sofrendo, o senhor acha que eu sou bobo? Eu posso ser tudo, menos bobo e burro", disse ele ao promotor de Justiça, Rubens Alves de Paula. “Ele não iria trocar a liberdade sacrificada dele por conta de jogo do bicho. A última coisa que se pode pensar de João Arcanjo Ribeiro é que ele seja estúpido. Jamais ele será estúpido. Ele é um homem conhecido como empreendedor. Ele não vai voltar os passos para trás”, afirmou seu advogado, Zaid Arbid. A decisão do magistrado em ouvir o ex-bicheiro leva em conta uma denúncia apócrifa que foi anexada aos autos, dando conta de que Arcanjo teria voltado a atuar na atividade. Arcanjo está em prisão domiciliar desde 26 de fevereiro. No início deste mês, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) desmontou umas das centrais do jogo do bicho em Cuiabá. Entre os itens apreendidos, foram encontradas anotações com nomes do filho e da ex-mulher do ex-bicheiro. O advogado classificou a acusação contra João Arcanjo como uma “maldade”. O advogado Zaid Arbid afirmou que Arcanjo é o principal interessado na verdade e que sequer procurou a Polícia Civil após as apreensões para não parecer que queria interferir. A pedido da defesa, o promotor pediu que seja identificado quem protocolou a denúncia para que seja intimado a depor. A intenção é descobrir se alguém "armou para o lado de Arcanjo". O juiz Geraldo Fidélis determinou que seja identificado por meio das câmeras do protocolo do Fórum de Cuiabá, quem fez as denúncias. Ele marcou outra audiência para o dia 13 de setembro.