Sem favoritos e com “caixinha de surpresa” escancarada, reta final das coligações é marcada por indefinições e reviravoltas

Análise políticaPor Mário Marques de AlmeidaAinda em um cenário de muita indefinição, esgota-se neste domingo, 5, o prazo final para as convenções dos partidos que irão se coligar e escolher as chapas majoritárias (governador, vice e senador) e as proporcionais, ou seja, de deputados federais e estaduais.O quadro de incertezas só reforça o ditado que diz ser a atividade política, realmente, uma “caixinha de surpresas”, e uma delas, por exemplo, é o recuo inesperado do deputado Fábio Garcia de disputar a reeleição, conforme era dado como certo e assumir a primeira suplência na chapa encabeçada por Jayme Campos ao Senado.Garcia é presidente da Executiva estadual do Dem e deverá ser (isto é, se não houver nova “surpresa”) coordenador-geral da campanha de Mauro Mendes, também do mesmo partido, ao Governo do Estado.Nessa conjuntura de reviravoltas de última hora, ainda na chapa de Jayme, outra alteração se deu quanto à segunda suplência, para a qual antes estava cotada Ana Carla Muniz, esposa do ex-prefeito Percival Muniz, de Rondonópolis, e acabou sendo escolhida a mãe do prefeito de Barra do Garças, dona Cândida, que e viúva do ex-governador Vilmar Peres de Farias. Neste sábado (4), ocorrem as convenções para escolha e oficialização das candidaturas de Mauro Mendes (Dem) e de Wellington Fagundes (PR), respectivamente, ao Governo do Estado. E amanhã, 5, domingo, será a vez das legendas que apoiarão o tucano Pedro Taques, que postula a reeleição.E entre hoje e amanhã, assim como muitas águas correrão por debaixo das pontes sobre o Rio Cuiabá, que separa a Capital de Várzea Grande (idem, a do Rio Vermelho, em Rondonópolis), muitas mudanças também deverão ocorrer na etapa de arranjos e acomodações finais dessas três principais chapas que disputarão o comando do Palácio Paiaguás, duas vagas que se abrem ao Senado para Mato Grosso, e as oitos vagas de deputado federal e 24 de estaduais.Além disso, a campanha eleitoral que se inicia, independente dos números das poucas pesquisas registradas ate agora e divulgadas (fora tantas outras de “consumo interno” dos grupos políticos), aponta no sentido que a disputa começa sem favoritos entre as candidaturas de Mendes, Taques e Fagundes.O único consenso que se observa, e cuja visão é mais ou menos unânime entre observadores e a prória classe politica, é de que as eleições deverão ser disputadas em dois turnos.Ou seja, como se dizia antigamente, todo mundo virou “japonês”! Diante desse “nevoeiro”, que muda a todo instante, é temerário fazer um prognóstico, a não ser, o que é óbvio, que um dos concorrentes deverá sobrar e os outros dois vão para o “mano a mano” no segundo turno, que deverá acontecer em 28 de outubro.E daí?  Daí, “quem puder mais chora menos”!