Análise politicaPor Mário Marques de AlmeidaAntes da coligação, ocorrida domingo (6) em que conseguiu fechar com 10 partidos o apoio à sua candidatura ao Governo do Estado, o senador Wellington Fagundes (PR) vinha sendo visto como suscetível de não conseguir número de legendas capaz de lhe garantir tempo suficiente no horário eleitoral e respaldo político.   Essa imagem de suposta dificuldade para arregimentar aliados surgiu em decorrência da saída do MDB da base que vinha dando sustenção, antes da convenção de domingo, à então pré-candidatura de Wellington.No entanto, contrariando essa expectativa de “esvaziamento”, o senador republicano deu o que se convencionou chamar de “volta por cima” e conseguiu a façanha de manter em sua aliança o PT, PP e PTB, partidos que, segundo se comentava, poderiam lançar candidatura própria a governador, caso do PT, ou irem apoiar outras chapas, conforme se cogitava com relação ao PP e PTB.Legendas expressivas no cenário politico e que, ao contrário do que se especulava, inclusive com muita ênfase brotavam esses comentários sobre a hipotética debandada, mas ficaram firmes ao lado de Wellington, além, obviamente, do PR e mais seis siglas.Essa reviravolta, como era de se esperar, causou surpresa no meio político e entre observadores que já passam a ver a candidatura de Fagundes com outros olhos, ou seja, com a visão de que ele tem potencial para disputar de igual para igual, tanto com Pedro Taques (PSDB) ou Mauro Mendes (DEM) – dois nomes que vinham sendo colocados pela mídia  como “favoritos”, até pela polarização que eles vinham estabelecendo em termos de troca de acusações.Além dessas observações, também, a partir da coligação liderada pelo PR, começou a chamar a atenção de analistas políticos a paciência e capacidade de arregimentação do senador que, sem muitos alardes, como quem come o “pirão pela beiradas”, segurou aliados importantes e ainda ampliou suas bases nessa reta final e decisiva das eleições.