Votos de evangélicos vêm crescendo em MT, mas se dividem e não conseguem definir eleição para governador

Votos de evangélicos vêm crescendo em MT, mas se dividem e não conseguem definir eleição para governador urna47
Análise política   Por Mário Marques de Almeida   Com um deputado federal evangélico (Victório Galli-PSL) entre oito que representam Mato Grosso em Brasilia, o voto dos evangélicos em Mato Grosso vem aumentando nas últimas eleições, a exemplo, aliás, do que acontece no restante do país, principalmente no Norte e em partes do Nordeste. Constituem um quociente importante, mas ainda não possuem número suficiente de eleitores para definir a eleição para governador em Mato Grosso, pelo menos neste pleito.  Além dessa questão numérica, segundo se observa, os evangélicos pertencem a diversas igrejas que mantêm divergências por questões teológicas ou disputa por seguidores, fato que impede uma convergência em bloco apenas para um dos candidatos ao Governo do Estado. O que leva à pulverização desse colégio eleitoral entre as três maiores alianças políticas que disputam o comando do Palácio PaiaguásOu seja, somam, mas não definem decisivamente para nenhum dos lados. Daí, talvez, o motivo porque nas estratégias de campanha das principais chapas - Mauro Mendes, Wellington Fagundes e Pedro Taques -, até onde se sabe, não existem estratégias montadas especificamente para arrebanhar esses votos, cuja captação fica restrita aos candidatos proporcionais (deputados federais e estaduais) dessas coligações e pertencentes a diferentes denominações evangélicas.A contrário do que ocorre em outras regiões do país, como  Acre, Rondônia e Roraima, onde sem dúvida esses votos serão decisivos. Nesses estados os candidatos a governador correm em busca do apoio desse segmento religioso mais do que de outros contingentes sociais.RealidadeEm 1970, 90% da população era identificada como católica romana. Em 2017, esse percentual tinha caído para 65% da população. Os evangélicos passaram a representar cerca de 27% dos 208 milhões de brasileiros. Como o número deles cresceu, o mesmo aconteceu com a influência evangélica sobre a política. Esse eleitorado será uma força formidável na eleição presidencial que se avizinha.  Porém, a força dos evangélicos não é igual em todos os Estados.