Lewandowski refuta acusações de perseguição política e defende a Polícia Federal
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04/12/2024 - 08:49
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu nesta terça-feira (3) às acusações de perseguição política feitas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante uma audiência no Senado, ele respondeu diretamente às críticas dos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que sugeriram que a Polícia Federal (PF) estaria sendo usada para atacar opositores do governo Lula.
Lewandowski não hesitou em defender a independência da PF, afirmando que a corporação era sem influências políticas ou ideológicas. "Posso garantir isso. Como ex-ministro do Supremo e juiz há 34 anos, permitir jamaisia qualquer tipo de direcionamento da Polícia Federal", disse. Para ele, a PF é uma instituição de Estado, e não de governo, e as acusações feitas pelos senadores não têm base.
A defesa de Lewandowski vem em um momento em que o governo Lula enfrenta críticas de que a PF estaria sendo utilizada para fins políticos. O ministro reafirmou que as acusações são infundadas e que a atuação da Polícia Federal segue os princípios da legalidade e da imparcialidade.
Em relação ao caso do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), indiciado por calúnia contra um delegado da PF, Lewandowski destacou que a imunidade parlamentar não cobre crimes contra a honra. "Se um deputado cometer um crime contra a honra, ele não tem imunidade. Isso é claro", afirmou.
O ministro reforçou ainda que o STF já tem uma jurisdição consolidada sobre o tema, deixando claro que a imunidade parlamentar não se aplica a esse tipo de crime. A postura de Lewandowski busca tranquilizar a opinião pública sobre a autonomia das instituições responsáveis pelas investigações, especialmente em meio às políticas atuais.