Wilson Santos anuncia acordo para criação de superintendência de mudanças climáticas em Mato Grosso
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17/12/2024 - 08:04
O Governo do Estado deve criar uma superintendência de mudanças climáticas no âmbito da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-MT) a partir de fevereiro do próximo ano. A informação é do deputado estadual Wilson Santos (PSD), que afirmou ter um acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, sobre a criação do setor. Wilson conversou com a imprensa nesta segunda-feira, 16 de dezembro.
“Em relação à Agência de Mudanças Climáticas, fizemos um acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, para continuarmos dialogando em janeiro e fevereiro... Vamos discutir com o governo a criação da agência ou, pelo menos, de uma superintendência de mudanças climáticas na Sema”, afirmou o parlamentar.
O tema incomoda o deputado. Nesta segunda-feira, ele viu seu projeto que criou a agência de mudanças climáticas em Mato Grosso ser enterrado. O projeto, de autoria dele e do deputado Júlio Campos (União Brasil), já havia sido aprovado na Assembleia Legislativa, mas foi totalmente vetado pelo governador Mauro Mendes (UB). Na Casa, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) emitiu parecer pela manutenção do veto, e a decisão foi anunciada no plenário.
A questão climática está em alta em todo o planeta, devido às mudanças intensificadas nos últimos anos, como chuvas fora de época, neve no deserto do Saara e calor extremo. Regionalmente, Wilson destacou projeções que indicam que a capital Cuiabá poderá atingir temperaturas de 50ºC em alguns anos.
“Há teses de que Cuiabá chegará a 50ºC em breve. O avanço do desmatamento sobre o Cerrado traz consequências profundas, não só ao Pantanal, mas a todo o estado. A destruição de nascentes e o avanço da agropecuária sobre essas áreas exigem cuidado, e o Estado precisa construir políticas públicas para minimizar os impactos das mudanças climáticas na população”, destacou.
As consequências das alterações climáticas aumentam sendo mapeadas pelos cientistas, mas nenhum cenário apresenta expectativas positivas. O desequilíbrio relacionado à saúde humana e animal, descontrola o calendário de planejamento e das estações do ano, além de poder causar crises de fome e o surgimento de novas doenças, por exemplo.
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