Médico acusado de assédio sexual na UPA de Cuiabá é liberado após audiência de custódia
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17/12/2024 - 09:05
O médico R.S.G, acusado de assediar sexualmente uma paciente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, teve sua liberdade provisória concedida em audiência de custódia realizada na tarde de terça-feira (16). A decisão foi tomada pelo juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, que entendeu não haver necessidade de prisão preventiva, apesar das acusações de autoria e materialidade do crime.
O profissional de saúde foi detido pela Polícia Militar na manhã do mesmo dia, após a vítima gravar um áudio no qual R.S.G pede insistentemente um "beijinho", mesmo com a recusa da paciente. A gravação foi uma das evidências que levaram à prisão do médico. No entanto, a prisão preventiva foi descartada pelo juiz, que argumentou que outras medidas cautelares poderiam ser aplicadas.
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Na decisão, o magistrado explicou que, “não havendo as hipóteses que autorizam a custódia preventiva”, a imposição de medidas menos severas, como a proibição de sair de Cuiabá por oito dias e a obrigação de se apresentar mensalmente em juízo, seria suficiente.
A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, que administra a UPA, afirmou que aguardará o desdobramento das investigações para adotar medidas administrativas, como a abertura de uma sindicância interna. O caso está sendo acompanhado pela Polícia Civil, que dará continuidade às apurações.
Este episódio é mais um capítulo da carreira controversa de R.S.G. O médico já foi demitido anteriormente do Hospital Estadual Santa Casa por insubordinação e, em outras ocasiões, esteve envolvido em incidentes, incluindo tentativas de entrar disfarçado na unidade hospitalar e invasão do gabinete de uma juíza em 2017.
A situação continua sendo investigada, e o médico deverá cumprir as medidas cautelares determinadas pela Justiça enquanto aguarda o andamento do processo.