O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), criticou duramente a operação da Delegacia Especializada em Meio Ambiente (DEMA), que resultou na detenção do vice-prefeito e secretário de Obras Públicas, José Roberto Stopa (PV), na manhã desta quinta-feira (26). Acusado de crime ambiental por descarte irregular de resíduos durante vistoria nas obras da segunda etapa do Mercado Antônio Moisés Nadaf, conhecido como Mercado do Porto, Stopa foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos. Para o prefeito, a operação foi desproporcional e desrespeitosa com a gestão municipal. “Vejo uma perseguição injusta. Parece que tudo foi armado para criar um espetáculo: havia mídia pronta, câmeras posicionadas, como se estivessem esperando por isso. Não quero parecer injusto, mas é evidente que estamos lidando com algo desproporcional”, afirmou Pinheiro. Emanuel Pinheiro destacou a importância do Mercado do Porto como uma das principais obras de sua gestão e fez um apelo aos cuiabanos para que conheçam o projeto antes de julgá-lo. “Olha, muito se falou sobre o Mercado do Porto. Já ouvi algumas críticas dizendo que a obra é de qualidade duvidosa. Quero aproveitar para fazer um pedido ao povo cuiabano: antes de criticar ou mesmo elogiar, vá até o Mercado do Porto e veja com seus próprios olhos o que foi feito lá. É um legado, um padrão de qualidade digno de uma cidade de primeiro mundo”, declarou. Sobre as críticas relacionadas ao descarte de resíduos, Pinheiro minimizou o impacto ambiental. “Esse tipo de material, como concreto, não causa grandes danos.” Temos problemas ambientais muito mais graves sendo ignorados”, disse. A Prefeitura de Cuiabá informou que o descarte apontado pela denúncia seria temporário e que a remoção já estava prevista no cronograma da obra. Enquanto isso, as investigações da DEMA seguem para determinar se a área é, de fato, uma Área de Preservação Permanente (APP).