O prefeito de Cuiabá, Abílio (PL), anunciou nesta segunda-feira (5), que foram identificadas diversas irregularidades na gestão do Mercado do Porto, anteriormente administrada pela Associação de Feirantes do Mercado do Porto, com base em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o município. Segundo Abílio, os permissionários do mercado denunciaram práticas indevidas, incluindo cobranças irregulares feitas pela associação. Em coletiva à imprensa, o prefeito explicou que a associação não tinha autorização para conceder ou revogar permissões para os comerciantes, mas estava realizando essas ações, além de cobrar valores de forma abusiva. “Encontramos denúncias de permissionários de que representantes da associação estavam cobrando via PIX e até aceitando mercadorias em troca de pagamentos indevidos. Não podemos permitir que a gestão pública seja feita dessa maneira”, afirmou Abílio. O prefeito também destacou que a autorização dada à associação limitava-se à cobrança de valores dos permissionários para garantir a manutenção do mercado. No entanto, segundo ele, essa tarefa não estava sendo cumprida corretamente. Durante uma vistoria no Mercado do Porto, realizada no dia 2 de janeiro, Abílio flagrou o acúmulo de lixo em uma área de preservação ambiental, devido à falta de um contêiner adequado para o descarte de resíduos. "Quando olhamos para o Mercado do Porto, encontramos lixo inconvenientemente depositado. Isso é uma demonstração de que a gestão da manutenção não estava sendo feita de forma eficiente", disse o prefeito. Após essas constatações, Abílio decidiu destituir a Associação de Feirantes da administração do Mercado do Porto, passando a responsabilidade pela manutenção e limpeza para a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos. O processo de rompimento oficial do vínculo ainda está em andamento. As denúncias sobre as cobranças irregulares foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual (MP-MT) para investigação. A decisão de Abílio gerou reações políticas. O deputado estadual Eduardo Botelho (União) criticou a destituição da associação, afirmando que ela havia cumprido um bom papel na administração do mercado. Em resposta, o prefeito reafirmou sua autoridade e afirmou que a responsabilidade pela gestão é exclusivamente dele como chefe do Executivo. Além da mudança na administração do Mercado do Porto, o prefeito anunciou a anulação da inauguração do espaço, alegando que a obra não estava concluída de acordo com os padrões esperados. Abílio também destacou outras prioridades de sua gestão, como a privatização do Aquário Municipal e a reorganização da saúde pública nos primeiros 100 dias de governo.