Janaina Riva critica tomada de terras por grandes produtores e defende famílias em Aripuanã

Janaina Riva critica tomada de terras por grandes produtores e defende famílias em Aripuanã
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa para denunciar um cenário alarmante envolvendo conflitos fundiários em Mato Grosso. Segundo a parlamentar, grandes produtores rurais "ricos e poderosos" estão tomando terras de pequenos agricultores de forma mais expressiva do que as invasões atribuídas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Durante seu pronunciamento, Janaina exibiu um vídeo que mostra o despejo de famílias no assentamento São Jorge, no distrito de Conselvan, em Aripuanã, a 949 km de Cuiabá. Nas imagens, trabalhadores rurais aparecem chorando enquanto são removidos de suas propriedades, evidenciando o impacto emocional e social da situação. De acordo com a deputada, as famílias do assentamento São Jorge tiveram suas titulações canceladas, o que levou ao despejo. Ela classificou o ocorrido como uma prática desumana que precisa ser revista. "A situação vivida por essas famílias é assustadora. É preciso que esse caso tenha um olhar mais humanitário", afirmou. Janaina destacou ainda que a invasão de terras em Mato Grosso não é uma exclusividade do MST. "O que mais vemos aqui são pessoas ricas tomando terras de pessoas humildes e pequenos produtores. Essa prática precisa acabar", criticou. Em resposta à situação, Janaina anunciou a formação de uma comissão de deputados para acompanhar de perto os conflitos fundiários em Aripuanã e outras regiões do estado. A parlamentar também criticou o uso do poder judiciário e de advogados influentes por grandes fazendeiros para legitimar a tomada de terras. "A terra é a base de sustento dessas famílias. Não podemos permitir que o abuso de poder e a ganância prejudiquem essas pessoas. O Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) precisa ser mais ativo na defesa dos direitos desses trabalhadores", afirmou Janaina. O caso em Aripuanã reflete um problema mais amplo de conflitos agrários no estado, onde pequenos produtores enfrentam desafios econômicos e legais contra grandes latifundiários. Além disso, há denúncias de falsificação de documentos para legitimar a expulsão de famílias vulneráveis. A deputada reafirmou seu compromisso de lutar por justiça para as famílias afetadas e de combater invasões e abusos, independentemente de quem os pratique. "Estamos diante de uma questão de justiça social. Essas famílias precisam de proteção, e nossa atuação será incansável para garantir isso", concluiu. A denúncia trouxe à tona a urgência de soluções para os conflitos de terras em Mato Grosso e abriu um novo capítulo na discussão sobre a distribuição fundiária no estado.