O Partido Democrático Trabalhista (PDT) protocolou uma ação na Justiça Eleitoral solicitando a cassação do mandato do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), e de sua vice, Vânia Garcia. A legenda acusa a chapa de abuso de poder econômico e disseminação de notícias falsas durante a campanha de 2024. De acordo com o PDT, uma das irregularidades cometidas pela campanha foi a contratação da empresa T2 Comunicação, Vídeo e Produções Ltda, com sede em Brasília, por R$ 2,18 milhões. O valor, equivalente a cerca de 20% das despesas da campanha, foi financiado com recursos do fundo eleitoral. O partido alega que as notas fiscais apresentadas carecem de informações detalhadas sobre os serviços prestados, levantando suspeitas sobre a legalidade dos gastos. Outro ponto levantado pelo partido é a propagação de desinformação durante a campanha. O PDT afirma que, ao longo do período eleitoral, a campanha de Abílio Brunini foi alvo de 81 representações de disseminação de notícias falsas nas redes sociais, criando um “ecossistema de difusão de desinformação” para atacar adversários e manipular a opinião pública. Em dezembro de 2024, a Justiça Eleitoral desaprovou as contas de campanha de Abílio Brunini, exigindo a devolução de R$ 2,8 milhões. A decisão apontou irregularidades, como a omissão de receitas e a contratação de serviços sem comprovação de execução. A ação do PDT também faz referência a outros casos envolvendo o prefeito, incluindo uma acusação de injúria contra a deputada federal Erika Hilton (PSOL) no Supremo Tribunal Federal (STF). O partido pede a quebra de sigilo bancário e fiscal da T2 Comunicação, a oitiva de testemunhas e a cassação dos mandatos de Abílio e Vânia, com a inelegibilidade de ambos por oito anos. Caso a cassação seja confirmada, novas eleições serão convocadas para a prefeitura de Cuiabá. O processo segue em andamento, enquanto os acusados ​​preparam suas defesas.