O deputado estadual Wilson Santos (PSD) afirmou que a base do governo do Estado, liderada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil), tem a expectativa de aprovação, por ampla maioria, a proposta de Revisão Geral Anual (RGA) com reajuste de 4 ,83%, referente ao acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024. Segundo o deputado, a votação, marcada para a próxima quarta-feira (22), deverá ocorrer sem maiores contratempos. “Temos uma sessão agendada para a próxima semana, quando apreciarmos o RGA. O governo do Estado está encaminhando essa semana e não haverá prejuízo, a matéria será provavelmente votada por unanimidade”, declarou Wilson Santos ao jornal HNT nesta terça-feira (14). No entanto, a formalização do aumento ainda não foi enviada à Assembleia Legislativa, conforme informado o deputado. A expectativa é que o governador encaminhe o documento até sexta-feira (17), conforme compromisso de reforço de Mauro Mendes. A proposta inicial do governo previu um reajuste de 3,85%, mas, em razão do aumento da inflação, o percentual foi revisado para 4,83%. O impacto mensal na folha de pagamento dos servidores será de aproximadamente R$ 75,3 milhões, o que representa cerca de R$ 849 milhões ao ano. A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MT) já iniciou os preparativos para o pagamento do reajuste no próximo mês. “Como o governo paga até o último dia útil, acredito que o governador já tenha um pouco orientado a Seplag a incluir a RGA completa, com 100% do processo inflacionário do ano passado, que é um superior a 4,80%”, afirmou Wilson Santos. Por outro lado, a oposição se posiciona de forma comparativa ao percentual proposto. O deputado Lúdio Cabral (PT), em desacordo com os 4,83% definidos pelo governo, formalizou uma contraproposta de 7,65%. Em ofício enviado ao governador, Lúdio argumenta que os 4,83% referem-se à inflação de 2024, enquanto os 2,82% restantes seriam para compensar perdas salariais acumuladas nos últimos anos. O parlamentar justifica que a proposta visa garantir que os servidores estaduais recebam a correção salarial de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Constituição Federal. “Os servidores públicos de Mato Grosso enfrentaram perdas salariais nos últimos anos e é fundamental corrigir essa injustiça com aqueles que fazem o Estado funcionar em todas as áreas. O crescimento da arrecadação do estado precisa ser refletido nas remunerações dos servidores”, afirmou Lúdio Cabral. A discussão sobre o reajuste reflete a necessidade de equilibrar o compromisso com os servidores públicos e as obrigações fiscais do Estado. A definição sobre a RGA será debatida e votada na próxima sessão da Assembleia Legislativa, com perspectivas de um debate entre governo e oposição sobre o percentual final.