Petista solicita retratação pública de Abílio Brunini após declarações sobre o Governo Lula e enchentes no RS

Petista solicita retratação pública de Abílio Brunini após declarações sobre o Governo Lula e enchentes no RS
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), está no centro de uma polêmica após declarações feitas durante uma entrevista sobre uma tragédia das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no ano passado. Durante um momento de caos, em que a capital mato-grossense enfrentava fortes chuvas, o prefeito foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de pedir ajuda ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as famílias das áreas afetadas em Cuiabá. A resposta de Brunini foi contundente: "Ele não ajudou nem o Rio Grande do Sul durante uma tragédia. Vai ajudar a gente aqui? Não, não tem nem o que falar com ele." Essas palavras geraram grande repercussão, especialmente no Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio Grande do Sul. Leonardo Carvalho Bastos, membro do Conselho de Ética do PT em Sapucaia do Sul, invejou um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando que o prefeito se retratasse publicamente por suas declarações. Bastos argumenta que, ao contrário do que afirmou Brunini, o Governo Federal tomou uma série de medidas de auxílio ao estado gaúcho durante a tragédia das enchentes. O documento enviado à PGR destaca 37 ações tomadas pelo Governo Federal, incluindo apoio financeiro, mobilização de equipes de resgate, assistência humanitária e ações para agilizar a compra de materiais e serviços essenciais. Além disso, Bastos menciona que o presidente Lula esteve três vezes no Rio Grande do Sul durante um período de 30 dias, e que o governo federal destinou R$ 62,5 bilhões ao estado para ajudar na recuperação dos danos causados pelas chuvas. No pedido de representação, Bastos solicita que o prefeito Abílio Brunini faça uma correção pública, lendo e divulgando os 37 itens de ajuda do Governo Federal em suas redes sociais e mídias escritas. O documento ainda prevê uma multa diária de R$ 100 mil caso a representação não seja realizada, uma exigência que visa garantir que as informações corretas sejam divulgadas. Até o momento, o prefeito de Cuiabá não se manifestou oficialmente sobre o pedido de representação. A situação continua a gerar discussões sobre a relação entre as esferas federal e municipal, além da postura pública de autoridades em tempos de crise. O caso segue sendo monitorado pelas autoridades e aguarda-se uma resposta do prefeito Abílio Brunini.