Abilio propõe rompimento de contrato com Consórcio CS Mobi e critica custos elevados
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22/01/2025 - 10:33
O prefeito de Cuiabá, Abilio, anunciou na última terça-feira (21) que pretende romper o contrato com o Consórcio CS Mobi Cuiabá, responsável pela gestão dos estacionamentos rotativos no centro da capital. A declaração foi feita durante a cerimônia de posse de diretores e secretários de escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).
De acordo com o prefeito, a administração municipal está levantando informações e negociando com a empresa na tentativa de formalizar uma rescisão amigável. “Estamos verificando todas as possibilidades e dialogando com o consórcio para que o rompimento aconteça de forma consensual, sem prejuízos para ambas as partes”, afirmou.
Durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá, o prefeito fez duras críticas ao contrato, que teria sido firmado durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo Abilio, os valores pagos pelo município ao consórcio são elevados e desproporcionais, especialmente em períodos em que os estacionamentos rotativos não estão em operação.
“O custo mensal subiu de R$ 650 mil em 2023 para R$ 920 mil em 2024, um aumento que não se justifica”, disse o prefeito. Além disso, revelou que o consórcio entrou com uma ação judicial para tentar bloquear R$ 9 milhões das contas da prefeitura.
Outra irregularidade apontada pelo prefeito está no uso de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para os pagamentos ao consórcio. “É algo que depende de aprovação da Câmara Municipal, e estamos revisando a legalidade dessa prática”, explicou.
Apesar das críticas, a gestão municipal busca um desfecho negociado com o Consórcio CS Mobi Cuiabá. Caso não haja consenso, a prefeitura estuda medidas legais para rescindir o contrato unilateralmente.
Em nota, Abilio reforçou o compromisso com a transparência na administração pública e afirmou que a prioridade é garantir que os contratos firmados pelo município atendam ao interesse da população cuiabana.
A gestão municipal segue avaliando os termos contratuais e buscando alternativas para solucionar a questão sem comprometer os serviços de estacionamento rotativo no centro de Cuiabá. A decisão final poderá passar por avaliação jurídica e pela Câmara Municipal, caso as negociações não avancem.