Max Russi pede mais rigor do Estado com atraso nas obras do BRT

Max Russi pede mais rigor do Estado com atraso nas obras do BRT
Prestes assumir a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Max Russi (PSB) cobrou maior rigor do Governo do Estado em relação ao Consórcio responsável pelas obras do novo modal de transporte, o BRT. Durante a declaração nesta quarta-feira (22), o parlamentar destacou os problemas causados ​​aos motoristas de Cuiabá e Várzea Grande e enfatizou a necessidade de cumprimento do cronograma. “Fiscalizar, cobrar, infelizmente está atrasado, não está a contento, atrapalhando nosso trânsito, não era isso que esperávamos. A população tem cobrado e criticado bastante. Acho que o governador e o secretário têm tomadas de providências, mas esperamos que sejam mais enérgicos, que mudem a empresa, enfim, que façam tudo o que a legislação permita para que o cronograma seja cumprido”, declarou Max Russi. Os atrasos nas obras do BRT geraram um impasse entre o Governo do Estado e o Consórcio responsável. Recentemente, o governador Mauro Mendes (União Brasil) criticou a empresa durante entrevista à Jovem Pan, demonstrando insatisfação com o andamento das obras. Em resposta, o Consórcio afirmou que o Governo do Estado é o responsável pelos atrasos, apontando irregularidades no projeto e demora na emissão de licenças por órgãos competentes, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), que teria liberado um documento essencial com oito meses de atraso. Inicialmente, a previsão era de que o modal fosse entregue em outubro de 2024. No entanto, com os atrasos acumulados, a expectativa agora é que o sistema esteja em funcionamento apenas no final deste ano. As obras do BRT são mais um capítulo da problemática história do transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande, que há quase 15 anos enfrenta dificuldades para modernizar o setor. Projetado inicialmente para a Copa do Mundo de 2014, o modal seria o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), mas as obras foram interrompidas após consumir mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos. Em 2021, o governador Mauro Mendes optou por substituir o VLT pelo BRT, apresentando uma mudança como uma alternativa mais viável e eficiente. O projeto do BRT inclui a construção de corredores exclusivos, terminais, paradas modernas, calçadas acessíveis, um Parque Linear na Avenida Rubens de Mendonça e a aquisição de ônibus elétricos. Apesar disso, os constantes atrasos e divergências ampliaram a insatisfação da população e geraram críticas ao Governo e ao Consórcio. Enquanto isso, os moradores de Cuiabá e Várzea Grande aguardam a conclusão das obras, na expectativa de que o novo modal finalmente entre em operação e melhore o trânsito nas duas maiores cidades do estado.