Foi divulgada a composição da nova Comissão de Ética Parlamentar da Câmara Municipal de Várzea Grande, responsável por avaliar a conduta dos vereadores e julgar casos de quebra de decoro. O vereador Jânio Calistro (União Brasil) foi eleito presidente, uma escolha que tem gerado polêmica devido ao seu histórico. Em 2019, Calistro foi preso durante a Operação Limpeza, que investigou um esquema de tráfico de drogas envolvendo 33 pessoas. À época, uma comissão processante chegou a ser aberta para apurar quebra de decoro parlamentar, mas o caso foi arquivado, e Calistro manteve seus direitos políticos. Ele foi reeleito em 2024 com 2,3 mil votos e já ocupou a presidência da Câmara em outro mandato. Além de Calistro, a comissão conta com Cleyton Nassarden Guerra (MDB), como vice-presidente, Raul Coelho Curvo (Republicanos), Kleberton Feitoza Eustáquio (PSB) e Jaciro Ferreira de França (PSDB). A presença de Kleberton também é alvo de críticas, já que ele foi condenado pela Justiça Eleitoral ao pagamento de multa de R$ 53 mil por divulgar pesquisa eleitoral sem registro. A Comissão de Ética desempenha um papel estratégico no Legislativo, sendo responsável por analisar denúncias e decidir se os parlamentares acusados ​​de irregularidades devem ser afastados ou perder seus mandatos. A escolha de vereadores com históricos polêmicos para liderar o grupo tem sido vista com desconfiança por alguns setores do Legislativo e pela sociedade. Jânio Calistro ainda não se manifestou sobre as críticas após sua eleição para presidir o grupo. Já Kleberton Feitoza declarou que sua declaração não interferiu na sua atuação como membro da comissão, destacando que cumpriu as deliberações impostas pela Justiça Eleitoral. A formação da comissão será um teste de substituição para a Câmara de Várzea Grande, que busca fortalecer sua imagem diante dos partidos políticos. A atuação do grupo será acompanhada de perto, especialmente em um cenário de cobranças de maior transparência e ética no serviço público.