Nos últimos dois anos, o Brasil registrou avanços recentes na cobertura vacinal, especialmente no que diz respeito às vacinas essenciais do calendário infantil. O Ministério da Saúde relatou um aumento expressivo no número de municípios que superaram a meta de 95% de imunização. Vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola): Mato Grosso: O número de municípios que atingiram a cobertura vacinal acima da meta para a primeira dose aumentou de 81, em 2022, para 107, em 2024. Para a segunda dose, o crescimento foi de 20 para 79 municípios no mesmo período. Brasil: No âmbito nacional, 3.870 municípios alcançaram a meta para a primeira dose em 2024, em comparação com 2.485 em 2022, representando um crescimento de 55,7%. Vacina Oral Poliomielite (VOP): Mato Grosso: O número de municípios que atingiram a meta de cobertura vacinal aumentou de 47, em 2022, para 92, em 2024. Brasil: Houve um aumento de quase 93% no número de municípios que alcançaram a meta, passando de 1.466 em 2022 para 2.825 em 2024. Em novembro de 2024, o Ministério da Saúde substituiu a VOP (conhecida como "gotinha") por uma dose da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), que é injetável, tornando o esquema vacinal ainda mais seguro. Essa estratégia reforça o compromisso do país em manter-se livre da poliomielite, doença que não registra casos há 34 anos no Brasil, graças à vacinação em massa. Esses resultados refletem os esforços do Governo Federal na proteção do Sistema Único de Saúde (SUS), na restauração da confiança nas vacinas e na promoção da cultura de vacinação no país. Desde o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, em 2023, o Brasil conseguiu reverter a tendência de queda nas coberturas vacinais observadas desde 2016. Em 2024, 15 das 16 vacinas recomendadas para o público infantil registraram aumento na cobertura. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que resultados esses demonstram o compromisso do Brasil com a proteção da população. Ela enfatizou a importância de fortalecer o sistema de saúde e investir na atenção primária para garantir que as vacinas cheguem a todos os brasileiros. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ressaltou a importância de levar a vacinação para áreas de difícil acesso. Ela que, em 2023, foi possível vacinar mais pessoas do que nos quatro anos anteriores, graças a um esforço conjunto e integrado, incluindo iniciativas como a Operação Gota, que alcançou comunidades mais isoladas. No último mês, o Ministério da Saúde confirmou 100% da demanda de imunizantes apresentada pelos estados, garantindo que todas as vacinas do calendário básico estejam contidas com estoques abastecidos. Entre 2023 e 2024, foram distribuídas mais de 604 milhões de doses para todos os estados. Em relação às vacinas varicela e tetraviral, que enfrentam escassez de matéria-prima mundialmente, o Ministério da Saúde garantiu o abastecimento por meio de novos fornecedores. Atualmente, o país conta com três fornecedores para essas vacinas, garantindo a normalização dos estoques ao longo do primeiro semestre de 2025. Mesmo diante das dificuldades de abastecimento, o Ministério da Saúde manteve um estoque de vacina contra varicela para atendimento de situações de surto, totalizando mais de 1,7 milhão de doses distribuídas em 2024. Em 2023, o Ministério retirou o sigilo dos estoques e dos descartes de vacinas e outros insumos, permitindo que mais de 12,3 milhões de doses que seriam perdidas fossem utilizadas, evitando um desperdício de quase R$ 252 milhões. Em 2024, foram anunciados mais de R$ 7 bilhões dentro do Plano de Vacina para 2025, permitindo a compra de pelo menos 260 milhões de doses e garantindo o abastecimento em todo o país.