Max Russi mantém posição contra câmeras em fardas da PM e defende outras prioridades

Max Russi mantém posição contra câmeras em fardas da PM e defende outras prioridades
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB), reafirmou sua posição contrária à instalação de câmeras corporais nos uniformes dos policiais militares do estado. Segundo o parlamentar, o foco do governo deve estar no fortalecimento da segurança pública de maneira ampla, e não na implementação da medida. Sua declaração está alinhada ao posicionamento do governador Mauro Mendes (União), que também se manifestou contra a obrigatoriedade dos equipamentos. Em entrevista à TV Centro América nesta terça-feira (4), Max Russi argumentou que a prioridade deve ser o combate à criminalidade e o investimento em infraestrutura e efetivo policial. “Hoje eu não sou favorável. Acho que temos que avançar na área da segurança, que é uma das grandes preocupações da nossa população. Vai ser um dos grandes temas da eleição do próximo ano e precisamos de um enfrentamento forte para dar uma resposta ao cidadão. Não vejo avanço, neste momento, em colocar câmeras na nossa Polícia Militar”, declarou. O posicionamento do deputado reforça a postura já adotada pelo governo estadual, que não pretende implementar a obrigatoriedade das câmeras corporais. A medida tem sido discutida em diversos estados do país como um meio de aumentar a transparência nas abordagens policiais e reduzir a letalidade das operações, mas enfrenta resistência de parte da classe política e das forças de segurança. Além do tema das câmeras corporais, Max Russi destacou a importância da atuação da ALMT na análise e aprimoramento dos projetos enviados pelo Executivo. Ele ressaltou que, apesar de não interferir diretamente em decisões do governo, o Legislativo tem autonomia para avaliar propostas, sugerir emendas e rejeitar matérias que não atendam às necessidades da população. “Nos últimos anos, temos feito um trabalho essencial de melhorar os projetos que vêm do Executivo. Muitas vezes, não aceitando integralmente, propondo alterações ou apresentando substitutivos. Sempre com base nas necessidades da população, identificadas pelos deputados em suas visitas ao interior”, afirmou. A discussão sobre o uso de câmeras nas fardas da PM deve continuar sendo pauta dentro do estado, principalmente diante da pressão de setores da sociedade civil e de órgãos de controle que defendem a adoção da tecnologia como um meio de garantir mais transparência e segurança tanto para policiais quanto para a população.