"BRT não resolve problema de Cuiabá, é preciso algo muito maior", diz Wilson

O deputado Wilson Santos (PSD) destacou a necessidade urgente de um plano viário mais amplo do que o projeto do BRT, que apesar de ser uma opção, não resolve o fluxo de tráfego da cidade de forma definitiva. Segundo ele, Cuiabá possui mais de 400 mil veículos transitando 24 horas por dia e necessita de algo muito mais ousado e abrangente. A declaração foi dada à imprensa na manhã desta quarta-feira, 19 de fevereiro. Segundo Wilson, concentrar esforços apenas nessa solução seria como aplicar uma “acupuntura urbana”. Para o parlamentar, a cidade precisa de algo muito mais abrangente, que inclua a criação de novas avenidas, alargamentos, a conclusão do contorno leste, túneis e viadutos. Com o rápido crescimento de cidades nas últimas décadas, ele acredita que, apesar da conclusão das obras do BRT, isso não resolverá a questão do trânsito e dos engarrafamentos constantes. “A região metropolitana de Cuiabá precisa muito mais do que a conclusão do BRT. Vai concluir o BRT e os engarrafamentos continuarão acontecendo. Nós teremos permanentemente problemas de acidentes. A cidade cresceu muito. Cuiabá hoje e Várzea Grande, juntas tem 1 milhão de habitantes, 400 mil veículos e somente o BRT não é a solução definitiva. É preciso um plano viário muito maior do que o BRT”, explicou Wilson. Ao ser questionado sobre os custos do BRT, ele comentou que é difícil afirmar se o valor final para a conclusão do BRT será o mesmo, ou maior, do que o VLT. Ele explicou que, em 2016, a conclusão do VLT estava orçada em R$ 900 milhões, contudo, com a operação Descarrilho, a negociação acabou sendo interrompida. Ele defendeu que, apesar das discussões sobre o BRT, uma visão mais abrangente sobre a questão do tráfego é necessária, pois a última grande obra viária em Cuiabá foi a construção da Avenida das Torres, em 2010. “A minha posição é o seguinte, é preciso enxergar maior. A questão do BRT é muito menor do que o que o Cuiabá e Várzea Grande precisam [...] a última avenida feita em Cuiabá foi feita em 2010, que foi a Avenida das Torres. Tem 15 anos que isso não tem uma nova opção, uma nova avenida da cidade. E imagina o que aumentou de veículos em Cuiabá, nos últimos 15 anos”, disse. Para ele, o plano viário precisa ser muito mais abrangente para garantir que Cuiabá e Várzea Grande enfrentem os desafios dessa nova realidade urbana. Veja vídeo: