O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), rebateu as declarações do atual gestor, Abilio Brunini (PL), sobre a apreensão de 30 ônibus da empresa Caribus. Abilio atribuiu o ocorrido a um passivo de R$ 30 milhões deixado pela administração anterior, sendo R$ 8 milhões referentes exclusivamente à Caribus. Segundo ele, a falta de repasses comprometeu o pagamento dos financiamentos, levando o Banco Volvo a reter os veículos. Emanuel, no entanto, negou qualquer responsabilidade pela crise e questionou a capacidade do atual prefeito de administrar a cidade. "Faz 60 dias que assumiu a Prefeitura e ainda não tomou as rédeas da gestão." Durante os oito anos em que estive à frente do Executivo, nada parecido ocorreu", afirmou o ex-prefeito. Ele ressaltou que sua gestão promoveu a modernização do transporte público e acusou Abilio de não ter tomado medidas para evitar a paralisação do sistema. "Quando vai assumir a responsabilidade de prefeito ao invés de culpar a administração anterior?", disparou Emanuel. Enquanto o impasse persiste, a Prefeitura de Cuiabá colocou 24 ônibus da frota reserva em circulação para minimizar os impactos nos bairros afetados, como Pedra 90, Osmar Cabral, Pascoal Ramos e Jardim Industriário. A Caribus informou que segue negociando com o banco para regularizar a situação e busca alternativas para reduzir os transtornos aos usuários e funcionários. A troca de acusações entre os dois políticos acirra ainda mais os debates sobre a atual gestão do transporte público em Cuiabá, enquanto a população enfrenta dificuldades com a redução da frota.