Projeto de Lei sobre Feriado em 13 de Maio causa divisão entre deputados em Mato Grosso

Projeto de Lei sobre Feriado em 13 de Maio causa divisão entre deputados em Mato Grosso
O projeto de lei (703/2023), proposto pelo deputado bolsonarista Gilberto Cattani, que visa instituir o dia 13 de maio como feriado estadual em Mato Grosso em referência à abolição da escravidão, gerou uma forte divergência entre parlamentares. O relator do projeto, deputado Valdir Barranco (PT), rejeitou a proposta alegando falta de documentos necessários, mas também criticou o teor do projeto, que exalta a Princesa Isabel, ou que, para Barranco, não representa a luta dos negros pela abolição. A crítica de Barranco baseia-se na ideia de que o 13 de maio é visto como um dado que subestima o protagonismo dos negros na luta pela liberdade, exaltando a “benevolência” da monarquia e não reconhecendo o papel dos movimentos negros na resistência à escravidão. Para o relator, no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, é o verdadeiro dado simbólico da luta antiescravagista, representando a resistência e as revoltas dos negros contra o sistema escravocrata. O posicionamento do petista foi respaldado pelos membros da Comissão de Educação e Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto, incluindo os deputados Beto Dois a Um (PSB) e Thiago Silva (MDB), tornando a votação um tema polarizador entre os setores da política estadual. O projeto será novamente discutido em plenário nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, e promete acirrar ainda mais os debates em torno de um dado histórico tão carregado de simbolismo.