O governador Mauro Mendes (União) disse não acreditar que o Ônibus de Transporte Rápido (BRT) terá o mesmo fim do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que era para ter sido entregue em Cuiabá e Várzea Grande para a Copa do Mundo de 2014. Em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 25 de fevereiro, ele rechaçou a comparação entre os modais, afirmando que não houve casos de corrupção e nem cobrança de propina no BRT. "Quem fala isso eu não sei, mas está totalmente desinformada. Pessoas desinformadas falando até compreendo, só não podem ser os adversários maldosos. A esses eu digo, aqui não teve corrupção, aqui não teve propina, aqui não teve nada disso. Teve uma empresa contratada que performou mal. E o Governo deu toda a oportunidade, apertou, e fez tudo que tinha que fazer e está rescindindo contrato de peito aberto, diferente do VLT que foi uma história de corrupção onde muitos políticos de Mato Grosso participaram, inclusive de alguns adversários que provavelmente estão criticando", comentou. Mauro enfatizou ainda que não foi o governo quem deu causa aos atrasos nas obras do BRT, pois tem feito os pagamentos à empreiteira em dia, na medida em que o trabalho avança. Ele também garantiu que já tem uma solução 'engatilhada' e que irá trabalhar junto com o Poder Judiciário e os órgãos de controle para retomar as obras o mais rápido possível. "Ao cidadão que está preocupado com Cuiabá, eu digo: o governo está cuidando disso com muita responsabilidade, como sempre fiz em Cuiabá, tratar assunto com seriedade e responsabilidade e vamos ter uma solução em breve. Agora, eu não tenho culpa se a empreiteira que concorreu, na forma da lei, não performou bem. De vez em quando acontece isso por aí, não é a primeira vez que ocorre, nós já rescindimos outros contratos de empreiteiras. O governo paga direito e não cobra nada mais do que faça a obra dentro daquilo que está no contrato", explicou. BRT PARADO O Governo anunciou, no início do mês, a rescisão do contrato com o consórcio construtor responsável pelas obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande. A decisão foi motivada pelo não cumprimento das obras no prazo acordado. A obra era para ter sido entregue em outubro do ano passado. Até o momento o Governo ainda não divulgou quais medidas serão tomadas para a continuação da obra que tem apenas 18% de conclusão.