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Pedro Taques diz que oito pessoas em um “universo de 70 mil“ atendidas pela Caravana da Transformação foram pivôs de operação do MPE, mas não tiveram cirurgias pagas pelo Governo
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05/09/2018 - 08:05
VIAGEM
RedaçãoO governador Pedro Taques, durante agenda em Rondonópolis, ontem (4), quando vistoriou obras naquela cidade, afirmou que a Operação do Ministério Público Estadual (MPE) contra a Secretaria Estadual de Saúde (SES) se baseou em declarações de oito pessoas atendidas por uma das 14 edições já realizadas pela Caravana da Transformação e alegaram não ter feito cirurgias de catarata, mas o MPE deduziu que esses procedimentos médicos teriam sido pagos pelo governo. Para o governador, a alegação do MPE não procede, pois o Estado não pagou por nenhum atendimento que não tenha sido realizado efetivamente. Ocorreu que esses pacientes foram beneficiados por exames clínicos, e apenas esses serviços e que foram pagos à empresa que atende ao governo nessa área da saúde.
Em sua estada em Rondonópolis, em companhia do prefeito José Carlos do Pátio (SD), o governador vistoriou diversas obras que estão sendo executadas na cidade em parceria com o governo do Estado, além de ter participado de reuniões com entidades de classse e o movimento comunitario. À noite, ele participou de um evento político com cerca de três mil pessoas e que marcou o lançamento, naquele município, de sua candidataura à reeleiçao.
A fala do governador em Rondonópolis, envolvendo o episodio da operação do Ministério Público, foi replicada, em Cuabá, pelo secretário de Governo do Palácio Paiaguás, Domingos Sávio, durante entrevista coletiva no final da tarde desta terça-feira. Sávio disse também que o Estado não efetuou o pagamento de cirurgias não realizadas no âmbito da Caravana da Transformação.De acordo com ele, o que acontece é que muitos pacientes desistem de fazer o procedimento cirúrgico após ter passado pela consulta, exames e terem recebido o indicativo cirúrgico.Neste caso, ele afirma que o Executivo tem que arcar com todos os procedimentos realizados, independente se ele foi operado ou não. “Se o paciente desistiu, o Estado tem que pagar todos os procedimentos que foram realizados, só não paga a cirurgia”, explica o secretário.Os serviços tecnológicos fornecidos a população na Caravana da Transformação está sendo alvo de investigação do Ministério Público Estadual (MPE). Nesta segunda-feira (03), o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação Catarata, com a finalidade de apurar fraudes no pagamento a empresa 20/20 Serviços Médicos S/S, responsável pela área.Conforme o promotor Mauro Zaque, coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, há suspeita de que o governo pagou a referida empresa por cirurgias não realizadas.Diante disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da 20/20 em Ribeirão Preto, e também na Secretaria Estadual de Saúde, onde diversos documentos foram levados.O secretário de Estado de Assuntos Estratégicos e responsável pela Caravana da Transformação, José Arlindo de Oliveira afirma que o Governo não teve acesso a integralidade do processo, e, por isso, não sabe ao certo sobre o que se trata a investigação.José Arlindo disse que o Executivo está no “escuro” tentando “adivinhar” o que o Ministério Público está, de fato, apurando. “Todos os procedimentos, que são documentos públicos, foram alvo da busca e apreensão, e o processo está em segredo de justiça. Então estamos sem elementos, mas supomos que o Ministério Público se baseou em fatos não verdadeiros, equivocados”, disse em entrevista coletiva nesta terça-feira (4).Ele contou, entretanto, que há certa de 15 dias, a conselheira de saúde Alda Valdir convocou uma reunião do Conselho Estadual de Saúde, onde relatou que documentos referentes aos atendimentos da Caravana estavam sendo fraudados. Este fato, também está sendo levado em consideração pelo Governo do Estado.Apesar disso, José Arlindo garante que o Executivo está absolutamente tranquilo no que tange a investigação. “A Procuradoria está acompanhando os depoimentos dos servidores e as medidas judiciais serão tomadas”, pontuou.Domingos Sávio ainda afirma que o Estado irá recorrer da decisão que suspendeu o contrato, para dar continuidade ao Programa após o período eleitoral.“O governo tem muito orgulho de ter tirado 70 mil pessoas da escuridão. Todos os promotores, de todos os municípios que passamos, foram convocados para participar da Caravana. Não temos nenhuma intenção de parar com a Caravana, por entender que é uma grande ação deste Governo. Respeitamos Ministério Público, mas vamos recorrer da decisão”, finalizou.