Mauro diz que Wellington não é seu “adversário”, defende que este continue no Senado e o republicano não contesta a "sugestão"

ANÁLISE POLÍTICA   Redação   O senador Wellington Fagundes continua se comportando nesta campanha eleitoral como se estivesse “marcando posição” com vistas a 2022, quando encerra o seu mandato no Senado e ao que tudo indica, deverá disputar a reeleição.   Evitando a todo custo ir para o confronto mais direto com os outros dois principais candidatos a governador – Mauro Mendes (Dem)  e Pedro Taques (PSDB) que estão polarizando o pleito -, a estratégia de Fagundes, pelo que ele vem demonstrando, seria a de correr por fora. Fato que acaba tornando a sua campanha “morna” e sem o atrativo de que ele está no páreo para vencer.   Essa visão que o candidato repassa ao eleitorado é confirmada pelo fato que Mauro Mendes, que está liderando a corrida sucessória, segundo apontam as pesquisas, passou a dizer que não considera Wellington “seu adversário” – ou seja, trocado em miúdos, o mesmo que dizer que o senador não é um “concorrente” que ameace as pretensões do candidato do Dem de conqustar o Palácio Paiaguás.   Além disso. Mendes e seu grupo político têm enaltecido a atuação de Wellington Fagundes no Senado, com afirmações do tipo que ele precisa “continuar no Senado”. Repetindo: o mesmo que mandar recado que o candidato do PR não deve se eleger governador para continuar senador. Se não houver uma reação do principal alvo - no caso, Wellington -, essa estratégia eleitoral do Dem pode colar!    Não é preciso ser nenhum “bicho-papão” em marketing para dar a resposta: bastaria o senador, em um de seus programas, afirmar que se “seus próprios adversários o reconhecem como bom senador, melhor ele seria como governador”.  Elementar, "meu caro Watson" Percival Muniz, ele que pulou fora do barco de Wellington, recentemente, e aderiu a Mauro Mendes, com a conversa de que o senador republicano é  um "bom nome"... para continuar em Brasília!   No entanto - mas Fagundes precisa deixar isto claro -, no comando do Estado, ele iria ter mais poder e influência política para continuar articulando recursos para Mato Grosso.   Em suma: Wellington Fagundes poderia aproveitar essa “deixa” do grupo de Mauro Mendes e fazer, como se diz, de um “limão uma limonada”. Melhor explicado: não deixar margem para nenhuma ilação no sentido que estaria mirando 2022, mas sendo firme e taxativo que é candidato para vencer em 2018.   Dessa forma, escaparia desse rótulo  de candidato “bonzinho” e que foge, não só dos enfrentamentos mais renhidos, como também evita dar uma resposta simples, óbvia, a seus adversários. Eles que, numa estratégia clara pretendem manter o republicano no lugar onde está. Desde que não seja na condição de eventual governador.   Resta saber, diante da inércia da campanha de Wellington em dar respostas adequadas, se não é isso mesmo que ele quer? Preparar o terreno para 2022!   Pode não dar certo, pois até lá outros nomes surgirão nessa raia e, em sã consciência, em que pese estar fazendo um bom mandato no Senado, nada garante que ele seja reconduzido.