Projeto de deputado federal da PB cria programa de saúde mental para profissionais da segurança pública

Projeto de deputado federal da PB cria programa de saúde mental para profissionais da segurança pública
O Projeto de Lei 4534/24 cria o Programa Nacional de Saúde Mental para Profissionais de Segurança Pública, reunindo ações de prevenção, cuidado e tratamento da saúde mental desses profissionais em todo o Brasil. O programa atenderá policiais civis e militares, bombeiros militares, guardas municipais, policiais federais e rodoviários federais, policiais penais e agentes socioeducativos, e agentes de trânsito. Objetivos Conforme o projeto, o programa deverá: criar serviços de apoio psicológico e psiquiátrico específicos para profissionais de segurança pública em unidades de saúde pública ou conveniadas; capacitar continuamente equipes multidisciplinares de saúde; instituir campanhas de conscientização; e abrir canais de atendimento emergencial para situações de crise, incluindo atendimento presencial e remoto. Atenção para a família O texto também prevê a criação de núcleos de atenção psicossocial para profissionais de segurança pública e seus familiares. Esses núcleos deverão realizar avaliações regulares de saúde mental, fornecer atendimento especializado e contínuo, e desenvolver programas de reabilitação psicossocial e reinserção profissional. A execução do programa, incluindo a alocação de recursos, será regulamentada pelo Poder Executivo. Eventos traumáticos Autor da proposta, o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) afirma que profissionais de segurança pública enfrentam situações de estresse e alta exposição a eventos traumáticos, com reflexos na saúde mental desses profissionais. “A ausência de um programa nacional estruturado tem agravado problemas como ansiedade, depressão, síndrome de burnout e suicídio", cita Silva. "O projeto busca oferecer suporte contínuo, combater o estigma e garantir acesso a atendimento especializado”, afirma o autor. Próximas etapas A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Saúde; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.