RedaçãoO governador Pedro Taques foi praticamente "ignorado" pelos seus principais concorrentes - Mauro Mendes e Wellington Fagundes -, no último debate entre os candidatos ao governo de Mato Grosso que aconteceu na manhã de hoje (4), na Rádio Centro América FM, em Cuiabá. Novamente os candidatos Mauro Mendes (DEM) e Wellington Fagundes (PR) evitaram o confronto com o governador Pedro Taques (PSDB). O candidato mais acionado foi Arthur Nogueira (Rede), já que Moisés Franz (Psol) não compareceu, em razão de rouquidão e garganta inflamada.Mauro e Wellington já trocaram farpas no primeiro de cinco blocos do debate, ancorado por jornalista Aldair Santos. O republicano reafirmou que o democrata deixou inúmeras obras inacabadas na Capital, entre elas nas áreas de saúde e educação. “Candidato diz que é falta de respeito deixar obras paradas, mas Taques e Mauro tiveram oportunidade de ser do Executivo e obras inacabadas foram deixadas, devem ser especialidades dos dois”.Mauro, por sua vez, destacou que Wellington está há 28 anos no Congresso Nacional e foi rejeitado pela população, quando tentou por ser prefeito de Rondonópolis. “O povo sabe que você não tem característica de Executivo, é um político carreirista. E falta com a verdade. Fui aprovado por 80% da população cuiabana”.Na área da saúde, o candidato da Rede criticou o democrata, dizendo que o setor não foi o forte de sua gestão como prefeito de Cuiabá. Lembra que o sindicato dos médicos foi desrespeitado na gestão, além de obras inacabadas. Mauro, no entanto, pontua que na sua administração inaugurou o São Benedito e Unidade de Pronto Atendimento.Taques preferiu enaltecer os feitos nesses três anos e nove meses de governo, como ações na agricultura familiar, que regularizou mais de 65 mil famílias. Foi questionado pelo analista político Alfredo da Mota Menezes sobre a dificuldade que manter o grupo que o elegeu ao governo em 2014.O tucano afirmou que se sente mais confortável agora do que com as 14 siglas que apoiaram sua candidatura em 2014. Afirma que ex-aliados o abandonaram em razão de não ter loteado secretarias. “Cortamos o leitinho de muita gente que ficou desgostosa, preferimos ficar com o cidadão mais simples”.Numa pergunta sobre redução de duodécimo dos Poderes, questionada pela jornalista Luzimar Collares, Mauro afirmou que houve uma elevação dos repasses na gestão Taques e promete dialogar para tentar a redução. “Pretendo negociar sim, todos terão que contribuir. Se for governador vou contar despesas, mas sem prejudicar os serviços ao cidadão. É dando o exemplo”.O mais incisivo no debate, Arthur questionou Mauro sobre apoio de parlamentares que estão envolvidos em corrupção. Lembrou que o democrata possui candidatos acusados de corrupção, como Mauro Savi (DEM), que foi preso acusado de liderar esquema do Detran.O candidato disse que nessa reta final de campanha estão criando Fake News para esparramar mentiras. O democrata refere-se a um vídeo que circulou quarta-feira (03), em que o deputado federal Valtenir Pereira foi gravado com o empresário Mauro Carvalho pegando dinheiro. Ambos disseram que imagem é de 2010, e que o dinheiro foi declarado. “Não tive nenhum escândalo de corrupção, nem contra mim e nem secretários. Meus adversários tentam me atacar com minhas empresas”.Em questionamento sobre desemprego por parte de Mauro, Wellington disse que vai olhar para todos e incentivar a educação profissionalizante. Aproveitou para cutucar Mauro acerca dos incentivos fiscais concedidos a sua empresa. “Os incentivos não serão para os grandes. Mauro fez quatro anos do seu governo como prefeito e pegou R$ 150 milhões de incentivos”. O democrata rebateu dizendo que o republicano estava mentindo e voltou a chamá-lo de carreirista.