O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, usou suas redes sociais sobre a necessidade urgente de reflexão sobre segurança pública no Brasil e sugere que seja usadas câmeras nas fardas dos policiais. Ele faz referência a morte de Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, baleado por policiais militares mesmo já rendido durante uma operação na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, e também após a morte de Guilherme Dias, marceneiro de 26 anos, atingido por um PM enquanto corria para pegar o ônibus de volta para casa em Parelheiros, no extremo da Zona Sul da capital. "Nenhuma suspeita, por mais grave que seja, autoriza execuções sumárias" e que não há espaço para "atalhos punitivos" no país, diz ele.
No caso de Guilherme, o PM alegou que o confundiu com um criminoso. Na última sexta-feira (11), a Justiça de São Paulo acatou o pedido do Ministério Público e reclassificou a morte de Guilherme Dias como homicídio doloso, quando há a intenção de matar. O caso será encaminhado ao Tribunal do Júri.
"A morte de um jovem inocente de 26 anos, voltando do trabalho, em Parelheiros/SP, e o assassinato de outro jovem de 24 anos, em Paraisópolis/SP, em circunstâncias que indicam para uma possível execução, evidenciam, mais uma vez, a necessidade urgente de reflexão sobre o tema da segurança pública em nosso país. A Constituição Federal de 1988 não admite atalhos punitivos! Nenhuma suspeita, por mais grave que seja, autoriza execuções sumárias. A Justiça só pode ser feita com base em provas e processos regulares", afirmou Gilmar Mendes. (COM INFORMAÇÕES G1 SP)
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