Derrota de Nilson Leitão e Sachetti é sentida entre ruralistas cuja bancada encolheu nestas eleições

Derrota de Nilson Leitão e Sachetti é sentida entre ruralistas cuja bancada encolheu nestas eleições leitão
Redação   A não eleição ao Senado dos deputados federais Nilson Leitão (PSDB) e Adilton Sachetti (PRB), no pleito deste domingo (7), repercutiu no segmento do agronegócio não só de Mato Grosso, mas de todo o país. A derrota de ambos foi classificada como uma  “perda importante” na bancada ruralista.Isto porque, os dois parlamentares mato-grossenses - particularmente, Nilson Leitão, que exerceu a função de  líder dos ruralistas – se destacam no Congresso na defesa de interesses corporativos do agronegócio, atuando na linha de frente de articulações que envolvesse a redução de dívidas públicas bilionárias do setor, entre outras demandas.   A poderosa bancada do agronegócio, que tem hoje a participação ativa de ao menos 119 deputados federais, tentou em peso à reeleição neste ano. Do grupo, 77% dos parlamentares registraram candidaturas para o cargo de deputado federal, porém apenas 45% do total foi eleito, ou seja, 54 deputados. Entre os que voltam à Casa no próximo ano, está a presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), a deputada Tereza Cristina (DEM-MS). A parlamentar liderou o movimento da bancada em apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). O apoio do setor foi bastante disputado desde o início da campanha entre os candidatos ao Planalto do Palácio, devido à força da bancada que é uma das mais bem organizadas do Congresso.   Uma das análises que se faz sobre o encolhimento dos ruralistas é a de que os votos que antes eram desse setor migraram para candidatos mais identificados e do entorno de Jair Bolsonaro, como o grande número de militares da reserva e de políciais, além de evangélicos, que se elegeram na onda bolsonarista que varreu, e varre, o país.