“Esquerda está fora”, afirma Wellington e cutuca Fávaro e aliados do PT

“Esquerda está fora”, afirma Wellington e cutuca Fávaro e aliados do PT

"Não recuo. Sou candidato até o final", disse o senador Wellington Fagundes (PL), após participar de audiência da Câmara Setorial Temática da Moradia Popular do Estado de Mato Grosso, na Assembleia Legislativa, quando prometeu "trabalhar muito para que todos tenham um lar digno".

O parlamentar, que disputou o Governo do Estado em 2018, contra o governador Mauro Mendes (UB), então candidato à reeleição, disse que, diante dos seus 40 anos de mandato - o mesmo tempo de existência do PL -, afirmou que: "antes de tudo, dem ter fé, crer em Deus para qualquer missão".

"Depois, precisamos ter o apoio do povo, pois quem quer se eleger precisa de voto e do respeito e, por fim, de um partido político com um plano de Governo. E todos esses atributos eu tenho, por isso mantenho-me na disputa. Já sei, pormeio de pesquisas internas, assim como meus adversários, com as pesquisas deles, que o cenário é muito favorável ao bolsonarismo, favorável à minha canditatura", disse ele.

"Não desisti em 2018, quando aparecia em último nas pesquisas e cheguei em segundo. Por que iria desistir agora?", destacou.

O parlamentarestá no segundo mandato de senador. Já foi deputado federal por seis mandatos.

Para Wellington, o bolsonarismo está "enraizado" em todo o Brasil e, segundo ele, não serão decisões judiciais que mudarão o sentimento e a vontade popular. Criticou as decisões do Supremo Tribunal Federal, que proibiu Bolsonaro de dar entrevistas. Segundo ele, isso não ocoreu na época da prisão do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sugerindo que há "dois pesos e duas medidas e, portanto, uma decisão mais política do que jurídica".

Repetindo o bordão do Governo Bolsonaro, que ficou muito mais na retórica do que na prática, o senador disse que sua missão e e do "futuro Governo" se baseará nos princípios da"Deus, Pátria e Família", que marcou a campanha do ex-presidente, em 2018.

Prometeu ainda, caso seja eleito, respeitar a propriedade. E mandou um recado para as propostas de alguns políticos que, segundo ele, "gostariam de pegar carona no bolsonarismo": fazer uma campaha com palanque aberto para receber apoio de qualquer sigla ou corrente partidária.

"Não cabe e nem nos interessa ter apoio de certos partidos. Somos de direita. Então, se falar em apoio de partidos de esquerda está fora de questão", afirmou.

Por outro lado, disse admitir conversas com líderes partidários, como o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, filiado no PSB, que faz parte da chapa do presidente Lula, mas que estaria de malas prontas para fazer uma federação com o Podemos, um partido de direita.

"A arte da política é conversar, mas de forma transparente e para que todos saibam o que está sendo tratado. São esses entendimentos que nortearão a campanha eleitoral. Conversamos e assimilamos tudo que nos chega, mas temos um princípio basilar, que não será colocado de lado e ele se chama bolsonarismo", disse o senador do PL.

Wellington ainda se mostrou muito confortável em relação ao PL, sua cúpula nacional e afirmou que o partido não tem nenhum diretório regional ou municipal. "São todas comissões provisórias. Então, o PL é estruturalmente baseado no presidente Jair Bolsonaro, que faz a parte política, e em Valdemar da Costa Neto, presidente nacional, que cuida da parte administrativa", completou.

"A afinação é tamanha que Bolsonaro se dedica, de corpo e alma, às eleições presidenciais e na eleição de senadores, visando ter estrutura de freios e contrapesos (mecanismo de controle entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, onde cada poder atua como um "freio" ou "contrapeso "para limitar o poder dos outros, evitando a concentração e abuso de poder, visando garantir a independência e a harmonia entre os poderes, promovendo a proteção dos direitos e liberdades individuais), enquanto Costa Neto cuida das eleições para o Governos dos Estados e Câmara Federal, bem como Assembleias Legislativas. Portanto, não existe risco em nossa candidatura, bem como do deputado federal e candidato ao Senado, José Medeiros", afirmou.

Quando fala em freios e contrapesos, Wellington assimila a principal estratégia de Jair Bolsonaro, de conquistar a maioria do Senado, conceder anistia política a todos os acusados pela Justiça, inclusive, ao prpoprio ex-presidente e, se necessário, até mesmo, promover o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele desconversa quando questionado sobre a possibilidade de marchar junto com o União Brasil, partido a qual esteve coligado em 2022, quando compôs chapa com o atual governador Mauro Mendes e se reelegeu senador.

"Acho que o União Brasil tem problemas internos e disputas que vão manter o partido muito mais preocupado em construir um projeto próprio ou com aliados, do que assumir o bolsonarismo, que é uma condição 'sine qua non' para nós", disse.

Ele lembrou que tem uma boa relação com o senador Jayme Campos (União), que também trabalha para construir sua candidatura ao Governo do Estado.

"Quem sabe se não estaremos junto em um eventual segundo turno ou, até mesmo, no primeiro turno, pois as eleições ainda estão longe e muitas definições irão acontecer até o ano que vem", observou.

Para o senadoir bolsonarista, a situação do PL é "mais do que confortável", até mesmo em relação a outros partidos, como o PSD, do ministro e senador licenciado Carlos Fávaro, que é aliado ao PT, além do MDB.

"Nós temos chapa montada para deputado federal e estadual, além da minha candidatura ao Governo do Estado e do deputado José Medeiros ao Senado. E, se preciso, vamos de chapa pura, só com membros do PL. Ou temos ainda para compor com outros partidos - repito: não de esquerda - uma vaga para o Senado e para vice-governador, quando se trata de majoritária", observou ele, que disse ver dificuldades nos outros partidos em ter nomes para deputado federal e estadual, além de disputas internas para cargos majoritários.

"O bolsonarismo está enraizado no Brasil e, principalmente, em Mato Grosso e Santa Catarina. Vamos crescer ainda mais nas eleições de 2026, repetindo os resultados das urnas de 2022 e de 2024", disse,o senador, que admite que demais partidos anteciparam o processo eleitoral, mas que o PL trabalha dentro de um planejamento que está se confirmando e melhor do que se esperava.

"Amordaçar e condenar Bolsonaro vai levar a população brasileira a assumir as rédeas do Brasil, nas próximas eleições, e colocar a nação no eixo que todos querem: Deus, Pátria, Família e Liberdade", completou Wellington Fagundes.