A mulher transsexual acusada de torturar e matar animais adotados, Larissa Karolina Silva Moreira, de 28 anos, voltou a ser assunto nas redes sociais no último domingo (27), ao ser denunciada por um protetor da causa animal por ameaças e intimidações. Solta na última sexta-feira (25), após decisão judicial, Larissa está sendo monitorada por tornozeleira eletrônica, mas já teria ameaçado ativistas da causa animal por meio de mensagens.
Ao contrário do que afirma, mas postagens, ela segue sendo investigada. A Polícia Civil segue investigando o caso e acompanhando o cumprimento das medidas judiciais impostas a Larissa.
Segundo a denúncia, Larissa enviou mensagens com ameaças a pelo menos um dos protetores que participaram das denúncias contra ela. Em prints aos quais o Única News teve acesso, ela escreve: “Vocês vão me pagar bem caro. Me aguardem, protetores do inferno” e “Eu venci a batalha e ganharei essa guerra”.
“Se ela foi capaz de tamanha brutalidade contra seres inocentes, o que pode fazer contra quem a denunciou?”, questionou um dos ativistas, ao destacar que as ameaças não devem ser tratadas como simples provocações. “São sinais claros de que corremos risco”, afirmou à reportagem o protetor alvo da ameaça.
Em desabafo, o protetor criticou a decisão da Justiça de soltar a suspeita. “Ela confessou os crimes e, mesmo assim, está em liberdade, ameaçando quem lutou por justiça. Isso expõe os ativistas e enfraquece a causa animal. Não é só pelos animais, é pela segurança de todos que enfrentam a crueldade.”
Nas redes sociais, Larissa tem adotado um tom debochado ao responder críticas nos comentários, mesmo após as graves acusações que enfrenta, inclusive chegando a xingar internautas. Em um dos comentários, escreveu: “Eita como o povo fala merda, nos vemos em breve e você vai provar tudo que falou, v4dia”. Em outro, ironizou: “Famosa hipocrisia do ‘atirei o pau no gato’, quando aparece um, meter o dedo onde não sabe pra julgar alguém kkk”.
As postagens geraram ainda mais revolta entre ativistas da causa animal, que apontam falta de arrependimento e provocação direta aos denunciantes.
Soltura e medidas cautelares
Larissa foi presa no dia 13 de junho, acusada de matar gatos adotados por ela. Segundo as investigações da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA), ao menos três animais foram encontrados mortos em um terreno próximo à residência da suspeita, no bairro Santa Laura, em Cuiabá. Dentro da casa, foram encontrados vestígios como um lençol com sangue, rações vencidas e produtos usados para cuidar de gatos, mas nenhum felino foi localizado.
Na audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. Contudo, a juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Juiz de Garantias do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), determinou sua soltura com base no argumento da defesa de que a prisão foi baseada em um “flagrante presumido”, e não em flagrante real. O tribunal considerou que, embora houvesse elementos que ligassem Larissa ao crime, não estavam suficientemente claros os riscos de ela voltar a cometer os mesmos atos, intimidar testemunhas ou ocultar provas.
Com isso, Larissa agora responde em liberdade, monitorada por tornozeleira eletrônica. Entre as medidas cautelares impostas estão: Recolhimento domiciliar no período noturno, fins de semana e feriados; Comparecimento quinzenal à Justiça para justificar suas atividades; Proibição de ausentar-se do município por mais de sete dias sem autorização; Obrigação de informar mudança de endereço. Em caso de descumprimento, a prisão poderá ser restabelecida.
Relembre o caso
As investigações apontam que Larissa teria adotado gatos com o intuito de maltratá-los. O próprio namorado da acusada, em depoimento à polícia, afirmou ter adotado quatro gatos para ela, desde o início do ano, e confirmou que todos os animais foram mortos. Ele relatou que Larissa justificava as mortes dizendo que os felinos a haviam arranhado.
Diante da gravidade dos fatos e do histórico relatado por protetores de animais, o caso teve grande repercussão em Cuiabá e mobilizou diversas ONGs e defensores da causa animal, que agora temem por represálias após a soltura da acusada.
(COM UNICA NEWS)
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