Buzetti defende leis mais duras contra feminicídio e critica “lealdade cega” de Eduardo Bolsonaro

Buzetti defende leis mais duras contra feminicídio e critica “lealdade cega” de Eduardo Bolsonaro

A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) falou ao programa Wilson Santos sobre sua atuação parlamentar em menos de três anos de mandato, destacando três leis que aprovou e que já estão em vigor. Entre elas, o pacote antifeminicídio que endurece as penas para crimes contra mulheres, chegando a 40 anos de prisão, além de proibir visitas íntimas a presos condenados e retirar cargos públicos de agressores.

Ela também é autora do Cadastro Nacional de Pedófilos e Estupradores, que torna públicas as condenações em primeira instância, facilitando a consulta por empresas e instituições para evitar que esses criminosos atuem perto de crianças. Outra conquista importante é a lei que obriga o SUS e planos de saúde a realizarem a reconstrução da mama em vítimas de mutilação por doença, acidente ou violência, garantindo acesso universal.

Margareth explicou ainda o pacote antipedofilia (PL 2810/2025), em tramitação na Câmara, que prevê penas de até 40 anos para casos com morte da vítima, com progressão de regime condicionada a parecer favorável de exame criminológico. A senadora ressaltou que não acredita em reabilitação para pedófilos e defende monitoramento rigoroso desses criminosos, mas demonstrou reservas quanto à castração química, afirmando que o problema envolve desvios de conduta além da libido.

Sobre a polêmica declaração em que chamou o deputado federal Eduardo Bolsonaro de “moleque”, Margareth esclareceu que a crítica é política, não pessoal. Segundo ela, é inaceitável que alguém coloque a família acima do país e dos brasileiros, e responsabilizou o deputado pelas ações que levaram o ex-presidente Bolsonaro à tornozeleira eletrônica. Apesar do distanciamento político, a senadora afirmou manter respeito pessoal e ressaltou sua independência para votar conforme o que julgar melhor para o povo, sem subordinação a partidos ou governos.

Em relação ao futuro político, Margareth confirmou ser pré-candidata ao Senado e deve retornar ao Progressistas (PP), seu partido original. Ela defende a eleição de candidatos equilibrados e técnicos para a presidência, citando nomes como Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior e Eduardo Leite como opções capazes de unir o país.

Margareth Buzetti reforçou que sua trajetória no Senado tem foco em resultados concretos e no compromisso com causas que impactam a vida das pessoas, mantendo uma postura independente e crítica no Congresso Nacional.