A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), detalhou em entrevista ao programa Wilson Santos as principais ações da sua gestão e reafirmou o compromisso de manter a institucionalidade política, em contraste com a postura recente do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini.
Entre os projetos em andamento, Flávia destacou o início do processo de concessão do Departamento de Água e Esgoto (DAE). O município contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para realizar um diagnóstico completo do sistema e apresentar alternativas para modernização, com possível participação da iniciativa privada.
Na área do transporte público, a prefeita confirmou que a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager-MT) passará a fiscalizar o serviço em Várzea Grande. Entre as melhorias previstas estão a renovação da frota, exigência de ar-condicionado em todos os ônibus e o uso de tecnologia de reconhecimento facial para controle das gratuidades oferecidas, como para idosos e estudantes.
Na limpeza urbana, a gestão prepara uma nova licitação para a coleta de lixo e estuda implantar um aterro sanitário próprio, diminuindo a dependência de Cuiabá. A prefeita também prometeu fortalecer o apoio à cooperativa de catadores Ascavag, que atua no município.
Flávia comentou ainda a retirada de mais de 60% dos radares eletrônicos instalados na cidade, mantendo somente os equipamentos necessários por decisão judicial ou localizados em áreas de risco.
A nova rodoviária, orçada em R$ 39 milhões com recursos federais, está em fase de licitação. Segundo a prefeita, a obra não representa endividamento para o município.
Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas, Flávia afirmou que mantém diálogo constante com parlamentares para garantir recursos e destravar obras prioritárias. “Se tiver que bater de porta em porta, eu bato. Mas Várzea Grande vai continuar avançando”, garantiu.
No fim da entrevista, ao ser questionada se receberia o presidente Lula em visita oficial ao município, Flávia foi enfática: cumpriria o protocolo institucional e priorizaria os interesses da população, independentemente das disputas políticas.
Essa postura institucional se destaca ao ser comparada com a do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, que recentemente declarou publicamente que não cumprimentaria o presidente em eventuais visitas oficiais. Brunini chegou a afirmar que entregaria obras diretamente à população, evitando qualquer cerimônia com o Governo Federal e sem chamar o presidente para o palanque.
Enquanto isso, Flávia reforça que “política passa, gestão fica” e que seu compromisso é com o povo de Várzea Grande. Essa diferença de postura evidencia o contraste entre os dois gestores e suas prioridades.
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