Após ficar fora do cenário político depois de perder o mandada na câmara de Cuiabá, a ex-vereadora e suplente de deputada estadual Edna Sampaio (PT) será empossada nesta quarta-feira (13 ) como titular na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), onde permanecerá até outubro. No primeiro mês, ocupará a vaga do deputado Valdir Barranco e, depois, a do deputado Lúdio Cabral.
Ela chega com prioridades definidas de sua atuação parlamentar discutidas com lideranças do partido. Nesses debates, o combate ao feminicídio e também contra a militarização das escolas.
“Pela segunda vez consecutiva Mato Grosso é o estado que mais mata mulheres na federação. Para cada grupo de 100 mil habitantes, quase 3 mulheres foram assassinadas em 2024. Em 2025, já temos mais de duas mil ocorrências envolvendo violência contra a mulher. É um estado que tem um grau elevado de misoginia, machismo e o indicador disso é justamente o alto índice de feminicídios”, disse.
"A violência que sofri na Câmara reflete a realidade de uma sociedade onde o poder é majoritariamente masculino e as questões femininas não recebem a devida atenção", disse.
Educação
A militarização das escolas, vista como uma "antipolítica" pela deputada, é outra pauta urgente para seus apoiadores, dadas suas implicações para comunidades carentes e negras.
“A militarização é uma estratégia de controle, de aniquilação da classe trabalhadora e de padronização dos corpos. Precisamos de uma educação libertadora, crítica e comprometida com a realidade do povo”, destacou.
Para ela, a militarização advém de uma percepção equivocada do conceito de disciplina. “Se a disciplina escolar fosse a disciplina militar, estaríamos ainda na pré-história porque o que desenvolveu a ciência foi exatamente o fato de o ser humano ser curioso. A disciplina militar, no entanto, não estimula a curiosidade, mas a obediencia”, disse.
Cassação
Edna foi cassada em 2023, acusada de “rachadinha", (divisão de salários) pela ex-chefe de gabinete Laura Natasha. Ela recorreu, alegando falhas no processo, e foi reintegrada. Porém, após outra denúncia acabou cassada pelos vereadores em junho de 2024.
(COM ASSESSORIA)
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