O senador por Mato Grosso e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou a postura do presidente americano Donald Trump e de seu governo, afirmando que a política externa dos Estados Unidos mudou drasticamente. Fávaro descreveu a estratégia de Trump como um ataque contínuo a países específicos.
"A cada dia ou a cada semana ele escolhe um país para tratar como desafeto. Não é uma simples negociação comercial tarifária. Ele primeiro desdenha do país."
Fávaro enfatizou que o governo brasileiro está aberto ao diálogo para repactuar acordos comerciais, mas deixou claro que a soberania nacional e a democracia são intocáveis. Ele mencionou que, apesar das dificuldades, houve avanços nas negociações.
"O que interessa para nós é estar aberto ao diálogo, é repactuar aquilo que for possível repactuar, garantindo a soberania nacional. Tem coisas que são intocáveis e a soberania nacional e a nossa democracia são fundamentais."
Produtos considerados essenciais para os americanos, como suco de laranja, madeira e peças de aviões, foram retirados da lista de taxação, e as negociações continuam.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Fávaro estão dialogando com empresários para minimizar os impactos.
Medidas de apoio e busca por novos mercados
O governo federal planeja implementar medidas de apoio para as empresas afetadas, começando com ações gerais e, em seguida, focando em empresas específicas que dependem fortemente do mercado americano.
"O governo vai estar presente com linhas de crédito, com programas para manutenção do emprego e da empresa e o trabalho de ampliação de mercados."
O ministro destacou que o Brasil tem buscado ativamente novos mercados. Recentemente, foram abertos 400 novos mercados para produtos agropecuários.
Ele citou exemplos como a busca por alternativas para o pescado no Reino Unido e a ampliação das vendas de carne bovina para o Vietnã e as Filipinas.
Produtos importantes como café, madeira, carnes, pescados, frutas e equipamentos de construção civil foram afetados. Setores como o de pescados, que exporta 70% de sua produção para o mercado americano, e o da madeira, com 50% de dependência, preveem perdas, com empresas concedendo férias coletivas ou planejando demissões.
A medida impacta diretamente a competitividade do Brasil e coloca em risco milhares de empregos, forçando o país a buscar novos mercados para escoar sua produção. (COM UNICA NEWS)
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