Janaína Riva aponta falha das penas atuais e defende pena de morte para feminicidas

Janaína Riva aponta falha das penas atuais e defende pena de morte para feminicidas

O brutal assassinato da fonoaudióloga Ana Paula Abreu, de 33 anos, em Sinop, reacendeu o debate sobre o combate à violência contra a mulher em Mato Grosso. O caso levou a deputada estadual Janaína Riva (MDB) a defender a discussão da pena de morte e da prisão perpétua como alternativas para frear os crimes de feminicídio no país.

Ana Paula foi morta com mais de 20 facadas pelo namorado, Lucas França Rodrigues, de 22 anos, preso em flagrante após o crime. O suspeito ainda teria enviado fotos do corpo da vítima para familiares antes de ser detido. A tragédia expôs novamente a vulnerabilidade das mulheres e a brutalidade crescente desses casos.

Presidente da Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, Janaína lamentou a morte da jovem e destacou que o endurecimento das leis, como a ampliação do tempo máximo de prisão para condenados por feminicídio, não tem sido suficiente.

“Infelizmente, as penas mais duras não têm resolvido. Nós precisamos discutir a pena de morte e a prisão perpétua no Brasil. Não tem mais outro caminho para barrar os crimes contra as mulheres no nosso país e, especialmente, em nosso estado”, afirmou a parlamentar em vídeo publicado nas redes sociais.

Janaína ainda citou dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que apontam Mato Grosso como o estado com a maior taxa de feminicídios do Brasil: 2,5 mortes a cada 100 mil mulheres, contra a média nacional de 1,4.

A fala da deputada surge poucos meses após a aprovação do pacote antifeminicídio da senadora Margareth Buzetti, que elevou de 30 para 40 anos a pena máxima para condenados. Para Janaína, no entanto, apenas a revisão das leis não é suficiente diante da escalada da violência.