Se não fosse "desidratado" nas urnas, o tucano Nilson Leitão seria o nome mais forte para suceder Maggi na Agricultura

 Se não fosse leitão
Redação   No entanto, hoje o nome mais lembrado na mesa de apostas dos ruralistas para assumir o ministério da Agricultura que deverá ser fortalecido com a anexação do Meio Ambiente em um eventual e bastante provável governo de Jair Blsonaro é o da deputada federal Tereza Cristina (Dem), reeleita no Mato Grosso do Sul.    Cristina é presidente da poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), bancada que tem entre um de seus maiores expoentes no Congresso o deputado federal de Mato Grosso, Nilson Leitão, em fim da mandato e que foi derrotado em suas pretensões de virar senador da República, no último dia 7.   O próprio Leitão é outro nome do Centro-Oeste que fatalmente estaria constando nessa relação de ministeriável, caso tivesse se elegido senador. Porém. o nome do ainda parlamentar mato-grossense não é descartado para compor a equipe bolsonarista, mas num posto de menor status e visibilidade. São os ônus de uma derrota nas urnasI   Nilson Leitão é visto como um dos parlamentares com trânsito fácil nos setores ruralistas de todo o país e junto aos “bolsonaristas” do meio agropecuário brasileiro. Inclusive, ele já havia anunciado apoio ao capitão ainda no primeiro turno, quando a candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência da República já estava  “morta” e foi apressadamente “sepultada” por aqueles tucanos que já se adiantavam em declarar apoios a Bolsonaro.    Com perfil de direita e por comungar de muitos pontos de vistas de Jair Bolsonaro e apoiadores, a tese é que Nilson passaria fácil pelo crivo do capitão, mesmo sendo do PSDB.    Diante disso, o nome de Nilson Leitão, segundo observadores, só não está sendo amplamente citado entre os candidatos ao cargo de ministro, justamente porque não se elegeu senador e acabou sendo desidratado politicamete.   Por isso, caso o candidato Jair Bolsonaro vença as eleições no próximo dia 28, a Agricultura está cotada para ser a primeira pasta do executivo ocupada por uma mulher.    A deputada Tereza Cristina (DEM-MS), reeleita para mais um mandato na Câmara, está entre os nomes fortes que serão levados à mesa de Bolsonaro, se confirmada sua vitória.    Tereza Cristina nega sua indicação ao posto, diz que se trata de especulação e não comenta o assunto. Entre representantes do setor, porém, seu nome é citado como um dos mais indicados na lista que será entregue a Bolsonaro, dada a proximidade que passou a ter com o capitão reformado, relação que culminou no apoio à sua candidatura à Presidência ainda no primeiro turno.    A deputada Tereza Cristina tem liderado a maior parte dos projetos prioritários do agronegócio dentro do Congresso, como as mudanças no processo de licenciamento ambiental e a polêmica Lei dos Agrotóxicos.    Além disso, seria a primeira mulher no governo Bolsonaro, característica que, segundo interlocutores, poderia ajudar a aplacar a rejeição feminina ao candidato. O nome de Tereza, porém, não é o único. Outro potencial candidato ao posto é o líder ruralista Luiz Antonio Nabhan Garcia, apesar de seu nome ter encontrado resistências dentro do próprio PSL.    Outro candidato ao posto é o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP), que foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul. Até mesmo o nome do atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, chegou a ser ventilado, apesar de a cúpula do agronegócio ver Blairo como uma possibilidade mais remota.    Na terça-feira, 17, conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo, Blairo declarou que votará em Bolsonaro, mas negou qualquer conversa sobre a possibilidade de continuar no comando da Pasta.    Integração    Na terça-feira, Bolsonaro pediu à FPA que indique um nome para assumir o Ministério da Agricultura. O plano do candidato do PSL é integrar em uma única pasta Agricultura e Meio Ambiente.    Não há um detalhamento, porém, sobre como essa integração funcionaria, dado que o Ministério do Meio Ambiente é responsável por uma série de temas que não tem nenhuma relação com o agronegócio, como empreendimentos de infraestrutura e setor elétrico, por exemplo.    O pedido de Bolsonaro foi confirmado pela deputada Tereza Cristina. "Devemos sugerir uns três nomes, mas ainda estamos estudando", disse a parlamentar. A deputada afirmou que a ideia de fundir os ministérios agrada à FPA, mas que é preciso estudar a proposta.    Tereza Cristina disse também que a frente está criando um grupo de estudos que deve colaborar com ideias para o candidato. Uma das medidas em debate com Bolsonaro é a demarcação de terras indígenas.    A bancada quer tirar da Funai a responsabilidade da demarcação de terras e acredita ter apoio de Bolsonaro para isso.    Na terça, em reunião da FPA em Brasília, os deputados debateram a situação do oeste do Paraná, onde uma portaria do órgão demarcou 25 mil hectares de terras.